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Cantinho do conselho

postado em 26/02/2011 21:08
Normalmente, o que complica o divórcio é a discussão sobre alimentos, a guarda e a partilha. Muitas dessas brigas, no entanto, são motivadas por laços emocionais que não conseguem ser desfeitos. ;O apego material está ligado a alguma compensação emocional. Avalie se essa briga é legítima ou um simples mecanismo de manter o vínculo com o ex-cônjuge;, sugere Enrique Bessoni, professor de psicologia da Universidade Católica de Brasília e psicólogo clínico.

Quero me divorciar! Quais a primeiras medidas
que devo tomar?

- Pense nas crianças: Facilite o processo para amenizar a dor dos filhos. Faça o acordo de guarda que seja melhor para as crianças. Tente não deixar o padrão de vida das crianças cair.

- Contrate um advogado de confiança: saiba quais são os seus direitos e suas obrigações.

- Faça uma avaliação patrimonial: descubra o que foi adquirido no período de casado para saber o que você pode enfrentar. Onde vai morar? Como vai sobreviver?

- Procure o diálogo e esgote as possibilidade de acordo: brigar na justiça é sempre o pior. O processo se alonga e a recuperação emocional demora. ;Acordo só é bom quando é bom para ambas as partes;, Frederico Viegas, professor de Direito da Universidade de Brasília.

- Desabafe: procure um mediador. Pode ser um amigo, alguém da família, grupos de ajuda, um psicólogo ou até o advogado. O importante é lidar com sentimentos e não colocá-los em peso nas brigas judiciais.

Que erros não cometer

- Vingança: Além do ex-cônjuge, você prejudica o seu bolso. Brigas desnecessárias alongam o processo e o divórcio fica mais caro. Você ganha brigas bobas, mas perde outras mais importantes.

- Resistência: Não existe mais por que um casal ficar junto se uma das partes não quer. Em muitos casos, a parte que não quer se divorciar arrasta o divórcio por meses para manter o vínculo com o ex-cônjuge.

- Guarda/Alimentos: ;Vou dar uma pensão baixa para os meus filhos, para o meu ex-cônjuge não pegar o meu dinheiro;. Esse tipo de pensamento é comum. É sempre bom lembrar que os filhos devem sair ilesos dessa história. Esse tipo de sentimento só os prejudica.

Agora sou solteiro! O que fazer?

- Finanças: Todo divórcio diminui a qualidade de vida. Por isso, é preciso fazer uma avaliação da renda que ficou. Como viver com aquela nova economia? Como pagar aluguel? Como pagar a pensão? ;É possível viver bem com toda renda. Basta ser econômico e objetivo;, alerta Marcos. Há quem faça cursos para aprender a lidar com esse novo dinheiro.

- Dia a dia: O primeiro passo é criar uma nova rotina. O que fazer com o tempo livre? Pode-se fazer novos amigos, voltar para casa em horários diferentes, criar novos hobbies. Com o tempo, tudo se reestrutura.

- Filhos: A nova rotina cria uma nova relação com os filhos. É preciso refazer vínculos, aprender a dividi-los e criar um novo ambiente acolhedor.

Tenho um ex-marido! Como lidar?

- Diálogo: Manter um diálogo aberto e honesto é sempre o melhor remédio. Assim, não se cria intrigas e problemas mais sérios com o ex-cônjuge.

- Amigos: Não se deve obrigar os amigos a tomar partido. Mas, se você não se sente bem com aquela turma, procure outra.

- Família: O contato com a família do ex deve ser acordado. Se uma das partes se sentir incomodada, deve-se cortar os laços.

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