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Ano-novo, pele nova!

Um tratamento mais invasivo, com aplicação de anestesia, ou um mais superficial? Conheça os vários tipos de peeling e descubra qual deles se adapta melhor a você

postado em 27/01/2013 08:00
Por Juliana Contaifer - Especial para o Correio

Um tratamento mais invasivo, com aplicação de anestesia, ou um mais superficial? Conheça os vários tipos de peeling e descubra qual deles se adapta melhor a vocêMarcas na pele fazem parte do envelhecimento. Acne que não foi totalmente curada, machucados, manchas e rugas deixam sinais profundos que parecem definitivos, mas uma troca de pele pode ser suficiente para resgatar camadas novas e ainda não afetadas pelo tempo e pelo ambiente. Para incentivar a mudança de células, o peeling é uma boa opção. ;Pode ser indicado para tratamento de sequelas de acnes, queloides e cicatrizes pós-trauma (queimaduras), sulcos e rugas superficiais e profundas (rejuvenescimento), hipercromias (manchas) em geral, estrias, entre outras;, explica a dermatologista Luanna Portela. O procedimento, temido por muitos por ser radical e agressivo, pode ser feito de diversas maneiras e intensidade, de acordo com a necessidade da pele. Existem vários tipos de ácidos, em concentrações diferentes, que devem ser escolhidos para garantir o efeito.

Os tratamentos mais fortes, que usam fenol, ácido glicólico a 70% e ácido tricloroacético, deixam a pele em carne viva mesmo e, devido à dor que causavam, há até pouco tempo, exigiam anestesia geral e centro cirúrgico. Hoje, a fórmula já foi adaptada, mas funciona destruindo os tecidos e removendo parcial ou totalmente a epiderme. Portanto, continuam exigindo acompanhamento médico. ;Há possibilidade de arritmia cardíaca, depressão respiratória, toxicidade hepática e renal. Mas, apesar dos riscos, o rejuvenescimento causado pelo peeling de fenol é praticamente incomparável;, conta Luanna. Por isso, exige pelo menos um mês de cuidados e mais três meses distante do sol para evitar manchas. ;Esse tipo de peeling é bem específico para quem tem lesões profundas ou aquelas que antecedem o câncer de pele. É preciso ressaltar que eles podem causar alterações na cicatrização, deixando até cicatrizes hipertróficas e queloides;, explica a dermatologista Lílian Watanabe.

O peeling mais comum é o de ácido retinoico. Não muito forte, tem recuperação rápida, e quem faz só precisa ficar atento às recomendações do dermatologista. Fugir do sol e abusar do protetor solar são algumas das mais importantes. ;Fazemos uma limpeza rápida com álcool, para desengordurar a pele, e aplicamos o ácido retinoico a 5%. É aquela clássica máscara amarela;, esclarece Lílian. O produto deve ficar na pele de seis a 12 horas, ser retirado com sabonete comum e, a partir do segundo ou do terceiro dia, a pele começa a descamar. Ao contrário do senso comum, não saem pedaços inteiros de tecido, e sim a camada de pele mais fina e superficial. ;Não pode usar esfoliante para retirar a pele. É preciso aplicar muito hidratante e filtro solar para evitar manchas;, afirma a dermatologista.

;O que acontece é que coça e arde nas áreas já manchadas. Dá vontade de tirar a pele, mas não pode;, conta a bancária Sandra Santos, 42 anos. Ela se rendeu ao peeling por conta de um tratamento anterior. Para melhor a aparência da pele, Sandra fez um procedimento com CO2 fracionado, mas não foi bem orientada por seu dermatologista. ;Ele não me falou nada sobre o calor excessivo, e eu entrei no carro quente e usei o secador de cabelo. Por conta disso, fiquei com algumas manchas;, lembra. Para suavizá-las, a bancária se submeteu a seis sessões de peeling de ácido retinoico. O resultado foi o esperado ; além de uniforme, a pele agora está mais suave.

Há também tipos de peeling menos fortes, que promovem renovação da pele, mas sem necessidade de descamação. É o caso dos peelings de cristal e de diamante. Os nomes são dados por causa da superfície da ponteira da máquina ; o primeiro é de óxido de alumínio e libera um pó durante a aplicação, e o segundo vem de uma superfície com diamante. Os peelings mecânicos funcionam como uma espécie de lixa acoplada a um aspirador.

Tipos de peeling
Químicos
Ácido retinoico, ácido mandélico, ácido glicólico, resorcina, ácido pirúvico, solução de Jessner, ácido salicílico ; são os peelings mais comuns e suaves. Para manchas, pode ser preciso repetir o tratamento. Esses ácidos retiram a camada superficial da pele, podem ser usados em peles mais escuras e servem para rejuvenescer e clarear manchas.

Ácido glicólico, ácido tricloroacético e ácido fenoico ; são os ácidos mais fortes, responsáveis pelos peelings profundos. Só são usados em lesões e rugas profundas, cicatrizes de acne, rejuvenescimento facial total e lesões pré-câncer de pele.

Mecânicos
Cristal (a ponteira da máquina é de óxido de alumínio) e diamante (a ponteira é à base de diamante) ; servem para retirar a camada superficial da pele, clareando e renovando o tecido.

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