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Glossário do sapato

Open-toe boots, peep-toes, scarpins, sapatilhas, oxfords%u2026 De salto alto ou baixo, clássico ou moderno, confortável ou torturante, o que não faltam são opções para vestir os pés das mulheres

Renata Rusky
postado em 01/06/2014 08:00

Open-toe boots, peep-toes, scarpins, sapatilhas, oxfords%u2026 De salto alto ou baixo, clássico ou moderno, confortável ou torturante, o que não faltam são opções para vestir os pés das mulheres

Amar sapato parece estar na genética feminina. Um dos motivos que fazem as mulheres comprarem tanto, acredita a empresária do ramo Aline Marsal, é que cuidar de si mesma é um desafio nos dias de hoje. "Família, vida profissional e afazeres domésticos consomem boa parte do tempo, e o espaço na agenda para ir ao cabeleireiro, ao spa e às lojas ficam em segundo plano." Mas há uma hipótese para justificar o gosto especial por comprar sapatos: "Basta saber o seu número e pronto". Diferentemente de roupas, o efeito sobre o corpo é menor.

Até as mais básicas costumam ter um sapateiro cheio deles. Os modelos são tantos que têm para todos os gostos e fazem todas se apaixonarem. Já as mais extravagantes costumam gostar tanto de saltos, que são capazes dos maiores sacrifícios para se manterem o tempo todo em cima deles.

Paula Andrade, funcionária do Tribunal de Justiça, é do time das que gostam de um salto. Ela conta que nem durante a gravidez deixou de usá-los. Embora muita gente considere a peça apenas um acessório, ela aconselha as mulheres a darem mais atenção ao que colocam no pé, pois acredita que é ele quem dá o tom do visual: "É só parar para pensar: uma mulher nua, mas com um sapato alto já fica muito mais bonita". Para a servidora pública, sandálias rasteiras, só na praia. Os saltos dão a vantagem óbvia de alongar a silhueta. "Deixa a postura mais bonita, e a mulher mais elegante e sensual", enumera Paula.

As novidades

Para quem já cansou das tradicionais botas, por exemplo, duas novidades surgiram para agradar tanto às mulheres mais casuais quantos às mais elegantes. São as cut-out boots e as open-toe boots ou peep-toe boots. A primeira é uma bota normalmente sem salto, ou com um salto mais grosso e confortável, e com cortes nas laterais. Já as open-toe-boots são botas de saltos bem altos e frequentemente finos, que deixam as pontas dos dedos de fora.

Open-toe boots, peep-toes, scarpins, sapatilhas, oxfords%u2026 De salto alto ou baixo, clássico ou moderno, confortável ou torturante, o que não faltam são opções para vestir os pés das mulheres

1. Cut-out boots, da Via Mia (R$ 209)

2. Peep-toe boots, da Schutz (R$ 420)

3. Mistura de cut-out boots com peep-toe boots, da AMV Calçados (R$ 269,90)

O modelo ideal para o seu corpo

Vale checar algumas questões antes de escolher o modelo certo.

Saltos muito finos em mulheres mais gordas podem ser perigosos e deixar o visual desequilibrado. É melhor optar por saltos mais quadrados e anabelas.

Pessoas com pernas muito curtas ou grossas devem preferir por deixar o peito do pé e o tornozelo livres.

As mulheres mais baixas devem optar por botas de cano mais curto, como as ankles boots. Quem fizer questão de uma bota de cano longo, aconselha-se que ela seja da cor da pele ou que se use uma meia-calça da cor da bota.

Sandálias gladiadoras ficam melhor em mulheres altas e magras, mas o visual pode se tornar equilibrado se ela for em tom nude.

Além do design

Não é só com design que as empresas estão preocupadas. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos lançaram, no ano passado, a primeira certificação sustentável do Brasil para calçados, batizada Origem Sustentável. A iniciativa avalia o grau de comprometimento das empresas do setor coureiro calçadista com a sustentabilidade, com base em 52 diferentes critérios, que abrangem aspectos culturais, ambientais, sociais e econômicos. São cinco diferentes selos:

Branco

Concedido às empresas que demonstram interesse em participar do programa.

Bronze

Dado às companhias que relatam suas iniciativas ao programa, demonstrando transparência.

Prata

Para marcas que acompanham a média do mercado nacional, quando o assunto é o comprometimento com a sustentabilidade.

Ouro

Para as empresas que superam a média brasileira.

Diamante

Concedido às companhias que acompanham ou superam a média do mercado internacional.

Tipos de pares

Como a maioria das mulheres, Paula se importa com o design dos sapatos, mas não é muito ligada aos nomes deles. Principalmente porque, a exemplo das cut-out boots e das peep-toe boots, os modelos vão se misturando e algumas diferenças são sutis. A Revista do Correio ajuda a aprender os nomes de cada um e as diferenças entre eles.



Com salto
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1. O scarpin é o sapato feminino propriamente dito, já que esconde os dedos e é fechado na parte de trás. Mas ele pode ter bico fino, arredondado, quadrado e ser combinado com diferentes saltos, dos mais finos aos mais grossos. O importante é ter, pelo menos, 4cm. Se passar dos 10cm, pode ainda ser chamado de stiletto. Scarpin salto fino, da City Shoes (R$ 229,80)


2. As sandálias gladiadoras lembram as que os romanos usavam na época do Império. Podem ser rasteiras ou não. Normalmente, são em couro vazado. A altura do cano pode variar, de curta a mais longa, até o joelho. Gladiadora, da Dumond (R$ 499,90)


3. Os peep-toes são aqueles calçados que têm uma pequena abertura na frente e mostram só as pontas dos dedos. Peep-toe, da Dumond (R$ 329,90)


4. O nome anabela diz respeito ao salto e não ao sapato. Você pode ter uma sandália ou um scarpin com o salto anabela. A principal característica é a estrutura específica do salto: inteiriço e que diminui até a parte da frente. Por isso, é considerado um dos sapatos mais confortáveis. Traz estabilidade para quem não anda bem de salto alto e é menos cansativo para quem está acima do peso. A plataforma também tem o salto anabela, só que continua um pouco mais alto na parte da frente. Plataforma City Shoes (R$ 209,70)

5. Os pumps são sapatos que parecem um scarpin, mas com uma plataforma na parte da frente, já que os saltos deles são sempre generosos. Normalmente, têm o bico mais arredondado. Pump, da Schutz (R$ 340)

Sem salto

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1. Durante muito tempo, os sapatos oxfords foram associados aos homens, ao conservadorismo e ao tradicionalismo. Mas isso mudou. Eles são caracterizados pela costura feita no corpo do calçado. Recebeu esse nome porque virou febre entre os estudantes da Universidade de Oxford, na Inglaterra, por volta do século 17. Oxford, da Santa Lola (R$ 189,90)

2. A princípio, as sapatilhas eram usadas só pelos homens nobres. A partirdo século 20, foi adotada pelas mulheres. Inpiradas nos calçados de balé, tinham, inicialmente, as pontas redondas. Hoje, há também modelos com bico fino. O estilo Chanel, com a ponta de cor diferente, é copiado por diversas marcas. Elas dão a impressão de que o pé é menor. Sapatilha, da AMV Calçados (R$ 79,90)


3. Os mocassins foram criados pelos índios norte-americanos e eram inicialmente confeccionados com casca de árvore, sem salto. Foram moda nos anos 1980. A morte de Michael Jackson foi um dos motivos para esse modelo voltar a ser aposta nos pés de quem sabe das coisas. A marca italiana Tod;s é a mais famosa, por seus modelos clássicos. Mocassim, da City Shoes (R$ 139,80)













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