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A Catedral como testemunha

Nada mais simbólico do que se casar num dos principais pontos turísticos da cidade. Esse privilégio está acessível a todos que se disponham a esperar na fila

Renata Rusky, Juliana Contaifer
postado em 15/06/2014 08:00

Nada mais simbólico do que se casar num dos principais pontos turísticos da cidade. Esse privilégio está acessível a todos que se disponham a esperar na filaQuase toda mulher sonha, desde pequena, com o dia do casamento. Até as que não admitem, imaginam como seria seu dia. As flores, a música, o vestido ; com véu ou sem? ;, o noivo e, é claro, o lugar. As mais tradicionais querem mesmo é trocar alianças em uma igreja bem bonita. E, em Brasília, não há lugar mais icônico do que a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, localizada bem no centro da cidade, na Esplanada dos Ministérios.

Os ricos, famosos e poderosos da capital costumam escolher a igreja para celebrar as núpcias. Essa predileção ajudou a criar a lenda de um templo "para poucos". Na verdade, o preço é módico ; os noivos pagam uma taxa de R$ 100 para reservar a data e mais dois salários mínimos ; e a igreja celebra cerimônias de terça-feira a sábado, com três horários nos fins de semana. Para garantir a data e o horário, basta comparecer à secretaria a partir da data estipulada. As inscrições ficam abertas enquanto existirem horários vagos.

Aí é que começa a seleção das noivas que vão, realmente, subir ao altar da Catedral. O processo seria simples, não fosse a fila. Para marcar o casamento de 2015, os interessados tiveram que se apresentar na terça-feira passada, às 8h30, mas a fila começou mesmo dois dias antes, no domingo. Isso porque as datas preferidas são os sábados ; e eles são só 52 em todo o ano de 2015, sendo alguns deles feriados ou datas em que a igreja tem eventos próprios.

A primeira a chegar foi a fisioterapeuta Maria Clara Cabral. "Quando era bem pequena, meus pais se separaram e eu e minha mãe saímos do Maranhão para recomeçar a vida. Eu me apaixonei por Brasília. Tenho uma foto dessa época que eu adoro, de camiseta vermelha e calça jeans, em frente à Catedral", conta. Quando os pais da fisioterapeuta se reconciliaram, ela precisou voltar ao Maranhão com o coração na mão por ter que deixar a capital para trás. Na primeira oportunidade, fez o caminho de volta, desta vez, em definitivo.

Quase toda mulher sonha, desde pequena, com o dia do casamento. Até as que não admitem, imaginam como seria seu dia. As flores, a música, o vestido ; com véu ou sem? ;, o noivo e, é claro, o lugar. As mais tradicionais querem mesmo é trocar alianças em uma igreja bem bonita. E, em Brasília, não há lugar mais icônico do que a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, localizada bem no centro da cidade, na Esplanada dos Ministérios.

Os ricos, famosos e poderosos da capital costumam escolher a igreja para celebrar as núpcias. Essa predileção ajudou a criar a lenda de um templo "para poucos". Na verdade, o preço é módico ; os noivos pagam uma taxa de R$ 100 para reservar a data e mais dois salários mínimos ; e a igreja celebra cerimônias de terça-feira a sábado, com três horários nos fins de semana. Para garantir a data e o horário, basta comparecer à secretaria a partir da data estipulada. As inscrições ficam abertas enquanto existirem horários vagos.

Aí é que começa a seleção das noivas que vão, realmente, subir ao altar da Catedral. O processo seria simples, não fosse a fila. Para marcar o casamento de 2015, os interessados tiveram que se apresentar na terça-feira passada, às 8h30, mas a fila começou mesmo dois dias antes, no domingo. Isso porque as datas preferidas são os sábados ; e eles são só 52 em todo o ano de 2015, sendo alguns deles feriados ou datas em que a igreja tem eventos próprios.

A primeira a chegar foi a fisioterapeuta Maria Clara Cabral. "Quando era bem pequena, meus pais se separaram e eu e minha mãe saímos do Maranhão para recomeçar a vida. Eu me apaixonei por Brasília. Tenho uma foto dessa época que eu adoro, de camiseta vermelha e calça jeans, em frente à Catedral", conta. Quando os pais da fisioterapeuta se reconciliaram, ela precisou voltar ao Maranhão com o coração na mão por ter que deixar a capital para trás. Na primeira oportunidade, fez o caminho de volta, desta vez, em definitivo.

Fila divertida
Nada mais simbólico do que se casar num dos principais pontos turísticos da cidade. Esse privilégio está acessível a todos que se disponham a esperar na fila

Para o administrador Matheus Samir, 26 anos, a fila foi animada. Convocou os padrinhos para fazerem companhia e se solidarizarem com a noiva Karina Junqueira, 26. "Eu sempre quis casar na Catedral, que é, além de um símbolo religioso, um símbolo da nossa cidade. Mas achava que era muito caro. Quando descobri que era acessível, pesquisei na internet e descobri que precisávamos entrar nessa fila. Eu trabalho e estudo, então não poderia estar aqui o tempo todo, mas o Matheus deu um jeito de ficar", conta a estudante. Os dois chegaram no domingo, às 20h, e conseguiram ficar em sexto lugar. "Só caiu mesmo a ficha de que eu vou me casar, e na Catedral, quando falei a data que eu queria para a lista da Clara", diz a jovem.

Para animar um pouco o marasmo da fila na segunda-feira, Matheus organizou um churrasco para os outros noivos, em plena Esplanada dos Ministérios. Com direito a linguiça e carne em uma churrasqueira improvisada, o almoço foi um sucesso. Os padrinhos viraram parceiros em jogos de carta para passar o tempo e, nas outras refeições, descobriram serviços de delivery que entregavam dentro da Catedral. Para documentar todos os passos, Matheus instalou uma câmera fotográfica em um tripé e a programou para tirar fotos de 20 em 20 segundos, com o objetivo de fazer um vídeo para exibir durante a recepção do casamento.

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