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Vamos tomar um café?

Essa frase virou um chamado para uma conversa, para um encontro. E, nessa onda de cafés gourmet, cada dia abrem mais casas na cidade.

postado em 30/11/2014 08:00
Essa frase virou um chamado para uma conversa, para um encontro. E, nessa onda de cafés gourmet, cada dia abrem mais casas na cidade.Um dos pioneiros nesse conceito de tratar a bebida como carro-chefe foi o Martinica, criado pelos irmãos Baesse e Adeildo Bezerra. Desde 1990, é ponto de encontro de intelectuais, artistas e o único que tem o Capeta ; o garçom-filósofo Marcos Tadeu Baesse, que sempre tem uma frase para entregar aos clientes com o pedido. Muitos cafés fecham às segundas, não o Martinica. Amantes do gamão enchem as mesas em animados campeonatos que varam a noite.

No início da Asa Norte, onde fica o Martinica (303), dá para fazer um roteiro de xícara em xícara. Tem o Objeto Encontrado, na 102, que é o preferido da Maíra Hanashiro e do Bruno Ayub, adoradores da bebida. Bebel Hamu montou o local, com o irmão Lucas. Tem a melhor máquina do mercado e Bebel dá consultoria para outros cafés. É um lugar onde acontecem divertidas festas e feirinhas, e no subsolo há uma galeria de arte.
Essa frase virou um chamado para uma conversa, para um encontro. E, nessa onda de cafés gourmet, cada dia abrem mais casas na cidade.
Na 104, fica o mais romântico, o Daniel Briand, do chef francês de mesmo nome, que foi trazido para Brasília pelo amor pela fotógrafa Luiza Venturelli. Os dois montaram um pedaço da França no Planalto. As maravilhas do chef atraem diariamente centenas de pessoas: de estudantes a ministros de Estado. Domingo, o lugar abre cedo para um delicioso desjejum. Perto dali, na 704, embaixo de uma linda figueira, o Cobogó Mercado de Objetos tem um café retrô. A loja, criada pelo casal Mariana Dap e PH Caovilla, tem um imperdível bolo de cenoura.

No fim da Asa Sul, o Ernesto virou ponto de encontros. Lá, tem gente que fica horas lendo ou trabalhando no embalo da cafeína. Muito charmoso e contemporâneo, é projeto da Bloco Arquitetos. Juliana Pedro criou o Café Compartilhado, no qual o cliente deixa um pago para um amigo ou amor. A parede de bilhetinhos virou atração. No começo do ano que logo chega, as gordices vão aumentar: os pães serão feitos na casa.

Atravessando as pontes, na QI 9 do Lago Sul, tem o Nolita. Apesar de jovem, já tem um público cativo e cardápio assinado por Mara Alcamim.

"Pra você, um café e um amor, quentes, por favor", bilhetinho visto no mural do Ernesto.

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