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Queda nas taxas de testosterona é comum depois dos 50. Saiba como tratar

O diagnóstico precoce garante melhora na qualidade de vida

Flávia Duarte
postado em 02/08/2015 08:00
E de repente o vigor físico já não é mais o mesmo. O desempenho sexual também deixa a desejar. Somados a isso, estão o cansaço, o aumento da gordura abdominal, a depressão, os distúrbios de sono, as alterações de humor e a libido em declínio. As queixas se tornam especialmente comuns depois da quinta década de vida e muitos homens associam tais mudanças apenas à idade.

Mais do que resultado do passar dos anos, porém, o desconforto tem nome e tratamento: deficiência androgênica do envelhecimento masculino (Daem), também conhecida como hipogonadismo ou, popularmente, andropausa.Identificada a baixa hormonal por exames de sangue, é feita a reposição por via oral, transdérmica ou intramuscular. Aparentemente simples, o tratamento adequado esbarra na falta de diagnóstico.

O homem muitas vezes não se queixa. Os médicos tampouco investigam. "Os exames laboratoriais para ver as taxas de testosterona são solicitados a partir da identificação de sintomas, o que acaba fazendo com que o problema seja subdiagnosticado. Uma pesquisa publicada em uma importante revista científica de urologia apontou que entre 19% a 20% dos homens têm níveis de testosterona inferior aos padrões da normalidade", alerta Elaine Costa Frade, chefe da Unidade de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

A constatação é reforçada por um estudo que acaba de ser divulgado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Os dados mostram que a maioria dos homens sequer ouviram falar de andropausa. Foram ouvidos 3.200 homens com mais de 35 anos em oito cidades brasileiras. Eles disseram que, apesar de o comprometimento da vida sexual ser o maior pesadelo masculino, cerca de 57% não sabem o que é andropausa e 71% desconhecem os sintomas da doença que pode sim levar à tão temida impotência sexual.

"O hipogonadismo é doença multifatorial. Pode ser o primeiro sinal de um problema cardiovascular, por exemplo, já que uma artéria entupida que impede a ereção do pênis pode ser indício de uma coronária também obstruída", esclarece Roni de Carvalho Fernandes, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Além disso, estilo de vida pouco saudável, diabetes, obesidade e doenças metabólicas podem aumentar as chances de desenvolver o quadro.

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