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As sereias estão entre nós

O canto dessas criaturas pode ser ouvido agora mesmo, nas redes sociais, no cinema, na tevê. Ele faz um apelo à sensualidade e ao mistério em um mundo que anda carente de magia

Juliana Contaifer
postado em 27/09/2015 08:00

O canto dessas criaturas pode ser ouvido agora mesmo, nas redes sociais, no cinema, na tevê. Ele faz um apelo à sensualidade e ao mistério em um mundo que anda carente de magia
A lenda diz que o canto das sereias enfeitiça os homens. Apaixonados, largam tudo para seguir as belas mulheres. Além de sensuais, são livres e independentes, e exercem fascínio em crianças e adultos. Pois as criaturas míticas estão na crista da onda. Seja como inspiração para a moda, seja pelo estilo de vida praiano, hoje todo mundo quer ser um pouco sereia.

A febre começou há pouco tempo, e tem se tornado cada vez mais popular graças a Yasmin Brunet. A atriz é conhecida como sereia entre os amigos e seguidores do Snapchat. Em um dos vídeos, ela conversa com a mãe, Luiza Brunet, sobre a obsessão com seres do mar. Elas lembram que, aos três anos, Yasmin pedia para se vestir de sereia o tempo todo.
Atualmente, o estilo de vida da atriz traduz essa paixão pela mitologia dos mares. A sereia Yasmin tem uma dieta vegana ; ela argumenta que as sereias de verdade não comeriam seus irmãos aquáticos ;, vive perto da praia, cultiva cabelos ultralongos, pratica ioga e propaga essas boas vibrações nas redes sociais. A atriz Bruna Marquezine, por exemplo, mudou a dieta por causa da amiga. Tudo cercado de hashtags como #vidadesereia, #desafiodesereia e #comidadesereia.

A paulista Mirella Ferraz, 32 anos, foi além: é uma sereia profissional. "Minha vida inteira foi dedicada às sereias, e o interesse nasceu antes de qualquer coisa, assim como a minha fixação pela água. Minha mãe conta que, a primeira vez em que vi água em abundância, foi na casa da minha vizinha. Tinha cerca de 1 ano e começado a andar há pouco tempo. Saí correndo e me atirei. Minha mãe me salvou me puxando pelos cabelos", lembra Mirella. Não foi um trauma. Com 2 anos, ela começou a aprender a nadar e nunca mais abandonou as piscinas. "Quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu era categórica: ;Sereia!’", conta.

O apelido veio ainda pequena. Sereia, como era conhecida, completava o visual com um cabelo enorme, enfeitado com conchinhas. Colocava as duas pernas em uma das pernas da meia calça e colava lantejoulas para servirem de escamas. A fantasia ia direto para a piscina. Já adulta, Mirella foi estudar gestão ambiental e biologia marinha para viver ainda mais perto do mar. Trabalhou por um tempo com conservação de golfinhos em vários lugares da costa brasileira. Casou-se na praia. "Tenho fixação por água e a figura da sereia sempre povoou meus pensamentos e meu coração", explica.

Leia a reportagem completa na edição n; 541 da Revista do Correio.

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