Tecnologia

Quem não tem cão, caça com mouse

Conheça as ferramentas virtuais que ajudam a encontrar um novo amor e fiscalizar as relações nascidas fora da internet. Muitas vezes, porém, o tiro sai pela culatra

postado em 26/07/2011 08:00
;Gata_olhos_verdes diz para Surfista22anos: oi, quer teclar?;. O protocolo padrão de flerte via bate-papo é conhecido por qualquer pessoa que tenha usado a internet de maneira frequente nos últimos 15 anos. Ao longo desse tempo, novas ferramentas têm sido lançadas para manter vivo o interesse de homens e mulheres no chamado namoro virtual. Pesquisadores britânicos apontam que o número de pessoas que acessam páginas de relacionamento é seis vezes maior que dez anos atrás.

As mudanças de comportamento não afetam apenas os pares formados na rede. Em maior ou menor escala, todos os casais estão suscetíveis a melhorias ou transtornos causados pela internet. Uma enquete on-line realizada pela Intel Brasil durante o mês de maio identificou que 17% dos participantes têm ciúme quando o parceiro passa tempo demais em frente à tela. Dos 30% que admitem espiar as redes sociais da outra pessoa, metade tem acesso aos dados de login.

No caso da contadora Sara Freitag, 25, bisbilhotar o perfil do amado se transformou em um hábito. Ela conta ter utilizado um keylogger (programa que registra as informações digitadas pelo usuário) no próprio computador para capturar as senhas do marido, com quem mora há oito anos, sem que ele saiba. De posse das informações, Sara controla a relação dele com outras mulheres. ;Entro pela manhã e apago as mensagens e convites femininos no Facebook, antes que ele veja.;

Vigilância
;O que os olhos não veem, a paranoia inventa.; A frase é de Ingrid Alves, 21, que nem tenta esconder do namorado a vigilância constante no ambiente virtual. ;Acesso o e-mail pessoal, os perfis nas redes públicas e, se vejo algo errado, logo reclamo com ele.; Ingrid enumera algumas das atitudes que o casal já tomou. ;Logo que começamos o relacionamento, apaguei minhas imagens mais ousadas e tranquei todo o conteúdo. Hoje, não deixo ele adicionar meninas que se expõem demais, nem tolero piriguetes comentando coisas indiscretas nas nossas fotos;, alerta.

Para Camila Vaz, 23, a internet trouxe bons e maus momentos. Em 2005, ela terminou um relacionamento de quatro meses após desvendar uma mentira do namorado, pela internet. ;Ele me disse que ia passar o fim de semana estudando para um concurso e, no dia seguinte, os amigos colocaram no Orkut fotos dele na balada, enchendo a cara;, conta. Atualmente, Camila namora a distância com um rapaz que conheceu no Chile ; e boa parte da relação é mediada pela tela. ;Namoramos via Facebook, Twitter, MSN, webcam;, enumera. Apesar de ter acesso às senhas, ela diz não se interessar muito pela vigilância diária.

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