Tecnologia

Universidade desenvolve carteira com tela para tornar ensino mais atraente

Bruna Sensêve
postado em 10/12/2012 08:28
;Algum de vocês está fazendo 30 mais 31?;, pergunta a pequena Chelsea aos colegas de seu grupo. Prontamente, Adam responde: ;Eu estou fazendo todas as de diminuir;. Jack, na outra ponta da mesa, protesta: ;Eu também estou fazendo as de diminuir!”. ;Então, eu vou fazer as de somar;, conclui a garotinha inglesa. A conversa ocorre em um dos quatro grupos de crianças entre 8 e 10 anos que tentam criar o maior número de expressões matemáticas cujo resultado seja aquele determinado pela professora. Um jogo em que aprendem sem nem perceber que estão estudando. A interação dos estudantes é um exemplo perfeito do que os pedagogos chamam de aprendizado colaborativo. Nesse caso, porém, a discussão matemática teve um catalisador essencial: a tecnologia.

Um grupo de pesquisadores da Escola de Educação da Universidade de Durham, no Reino Unido, desenvolveu e testou, durante três anos, um conjunto de carteiras escolares com telas sensíveis ao toque pensadas especialmente para facilitar o ensino. O invento se mostrou muito eficaz após os experimentos, dos quais participaram aproximadamente 100 crianças. As mesas digitais, grandes o bastante para serem usadas por cerca de quatro alunos, são conectadas em rede a um tablet controlado pelo professor e à lousa no centro da sala de aula, na qual o conteúdo das carteiras pode ser ampliado e discutido em conjunto. Os testes foram feitos com atividades voltadas para o aprendizado de expressões matemáticas. Depois, os resultados foram comparados aos de grupos que realizaram atividade parecida, mas com as ferramentas tradicionais de ensino: giz, lápis e papel.



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