Pesquisas brasileiras que buscam novas formas de conservar alimentos podem mudar, em poucos anos, o jeito de comprar e guardar comida. Os estudos trabalham com o conceito de embalagens ativas e inteligentes, invólucros que podem alertar o consumidor da existência de bactérias nocivas em um produto ou até mesmo adiar o processo de decomposição de carnes e vegetais. A ideia é nova no país, onde a forma mais popular de cuidar dos alimentos ainda é guardá-los na geladeira e manter um olho na data de validade.
Um projeto de mestrado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) se inspirou na natureza para testar um filme biodegradável que serve como indicador de qualidade da comida. Se o conteúdo começa a estragar, o invólucro cor-de-rosa muda de cor, chegando ao cinza assim que o produto se torna impróprio para o consumo. O segredo está na antocianina, mesmo pigmento presente nas frutas e que as torna escuras com o apodrecimento.