Tecnologia

Sensibilidade humana ao toque está perto de ser imitada por cientistas

O material, que é transparente e flexível, poderá ser usado para melhorar próteses, telas de smartphones e outras máquinas que respondam ao contato humano

Roberta Machado
postado em 29/04/2013 07:30
A superfície sensível: transparente para se adequar a variados produtos
Enquanto uma pessoa percebe facilmente o cuidado com que deve manusear uma bola de ferro ou uma maçã, um robô pode destruir a fruta macia se não for programado para segurá-la com a precisão necessária. Ainda falta às máquinas o senso de tato, a resposta que indica a pressão causada pelo contato com alguma coisa. Por isso, engenheiros do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech), em Atlanta, estão trabalhando num tipo de pele artificial com a mesma sensibilidade humana ao toque. O material, que é transparente e flexível, poderá ser usado para melhorar próteses, telas de smartphones e outras máquinas que respondam ao contato humano.

Para fazer o trabalho dos nervos, que dão às pessoas o tato, os pesquisadores fabricaram uma rede de mais de 8 mil transistores formados de nanofios de óxido de zinco, num processo descrito nesta semana no site Sciencexpress e que, em breve, estará nas páginas da revista Science. Cada uma das minúsculas estruturas funciona como um pixel táctil, o que os engenheiros chamam de taxel. Elas têm um tamanho 120 vezes menor que a espessura de um fio de cabelo e são até mil vezes mais compactas do que outros taxels já fabricados.



O efeito eletrônico que representa o toque na pele inteligente é causado pela piezoeletricidade, expressão que vem do termo piezein (pressionar, em grego). Essa técnica é usada em todo tipo de aparelho, como medidores de pressão, difusores elétricos de repelentes e até mesmo na agulha do toca-discos. Em alguns deles, o efeito mecânico é transmitido em corrente, em outros, a eletricidade se transforma em força por meio do material piezoeletrônico.

O material, que é transparente e flexível, poderá ser usado para melhorar próteses, telas de smartphones e outras máquinas que respondam ao contato humano

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