Tecnologia

Japão quer desenvolver máquina mais potente que supercomputador 'K'

Este supercomputador permitiria, entre outras coisas, realizar simulações consideradas úteis por exemplo para o desenvolvimento de medicamentos

Agência France-Presse
postado em 08/05/2013 17:03
TOQUIO - O Japão decidiu nesta quarta-feira (8/5) investir 100 bilhões de ienes (770 milhões de euros) para tentar desenhar a partir de 2014 um novo supercomputador mais potente que seu atual modelo "K", ou seja, com uma potência de cálculo da ordem de um exaflop (um quadrilhão de operações por segundo).

Este supercomputador permitiria, entre outras coisas, realizar simulações consideradas úteis por exemplo para o desenvolvimento de medicamentos ou a realização de previsões de danos causados por desastres naturais, explicou o Ministério da Ciência.

China e Estados Unidos já anunciaram programas para tentar desenvolver um supercomputador de um exaflop em 2020.

"Há uma grande diferença entre as tecnologias que tentam ocupar o primeiro lugar e as que se conformam com o segundo", reforçou o presidente de uma comissão de especialistas, designados pelo ministério japonês.

Titan, supercomputador da empresa americana Cray e situado no Laboratório Nacional Oak Ridge, do governo americano, foi considerado em novembro do ano passado o mais rápido do mundo, superando outro dispositivo da IBM que está em outro centro de pesquisas.

O ranking publicado por cientistas de Estados Unidos e Alemanha sustenta que Titan alcançou 17,59 petaflops, o equivalente a pouco menos de 18 trilhões de cálculos por segundo.

Titan, que conta com financiamento do Departamento de Energia americano, é usado para fazer pesquisas sobre energia, mudanças climáticas e motores eficientes, entre outros temas.



Este supercomputador desbancou para o segundo lugar o modelo Sequoia, da IBM, e situado no Laboratório Nacional Lawrence Liver, na Califórnia (oeste dos Estados Unidos), que alcançava apenas 16,32 petaflops.

Completando o grupo dos cinco primeiros estavam o computador K, da Fujitsu, no Instituto Avançado RIKEN de Ciências da Computação, na cidade de Kobe, Japão; Mira, um sistema BlueGene/Q da IBM no Laboratório Nacional Argonne de Chicago, e outro sistema BlueGene/Q da IBM chamado Juqueen no centro de pesquisas Forschungszentrum Juelich na Alemanha.

O supercomputador japonês "K", criado pelo grupo informático Fujitsu e um instituto japonês de pesquisas, conservou até 2012 o primeiro lugar mundial em termos de resultados, após pulverizar a marca dos 10 petaflops.

Este supercomputador instalado em Kobe (oeste do Japão) foi "inteiramente fabricado no Japão, da pesquisa ao desenvolvimento dos processadores, passando pela concepção do sistema e sua fabricação", segundo seus criadores.

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