Tecnologia

Veja os principais segredos e mitos dos eletrônicos e serviços on-line

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuário

postado em 21/01/2014 08:43
O uso de aplicativos, serviços on-line e aparelhos tecnológicos é tão comum que muitas pessoas se surpreendem ao saber como funcionam. O Netflix, por exemplo, faz o uso de um método um tanto quanto novo: o Big Data, o qual resulta em indicações personalizadas para cada um dos milhões de usuários do serviço.



A mesma técnica pode auxiliar na hora de fazer um investimento maior, como em 2011, quando a empresa comprou por US$ 100 milhões os direitos autorais da produção norte-americana da série House of cards, baseando-se majoritariamente em resultados de pesquisas a partir do Big Data. Ou o cartão de crédito, presente na vida de milhões de pessoas, que realizam inumeráveis transações diariamente, abrigam processadores minúsculos, capazes de se comunicar com máquinas e, às vezes, até executam a função de proteger dados. Veja como funcionam alguns desses serviços, aparelhos e sites, que se tornam cada vez mais simples, mas com fórmulas complexas.

A explosão tecnológica, a partir dos anos de 1990, permitiu, com a invenção de todos esses serviços usados diariamente, que mitos acerca do funcionamento se espalhassem na mesma velocidade que são disseminados os vírus de computador. Como nem todo mundo entende todas as funções e as capacidades dos aparelhos que utilizam, ainda hoje, teme-se que baterias de celulares viciem ou que eletrônicos interfiram na navegação de aviões, por mais que a tecnologia tenha evoluído para mudar esse cenário. Desvende mitos e veja como funcionam sites e dispositivos que são simples, mas com fórmulas complexas.

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioTouchscreen

Existem dois tipos de telas sensíveis ao toque: as resistivas e as capacitivas. As primeiras são divididas em três camadas. A superior, comumente feita de plástico rígido, é separada de uma superfície condutora por um espaço milimétrico. Quando o dedo pressiona o display superior, ele encosta no inferior, e o sensor detecta em qual parte o usuário apertou, passando a informação para o sistema. Já a capacitiva é dividida em outras áreas, e usada em aparelhos como o iPhone, por exemplo. Envolta por uma película resistente à oleosidade, o vidro tem a capacidade de condução e é responsável por emitir um campo elétrico a fim de aumentar a sensibilidade do dispositivo ; que reage à carga elétrica natural do corpo humano. Logo abaixo, dois setores de eletrodos são responsáveis por detectar precisamente o movimento do dedo. E por fim, antes da tela LCD, microprocessadores traduzem a informação de onde o indicador passou e responde de acordo.

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioCálculo de distância
Com certeza, você já quis saber qual a diferença de ir andando, de carro, ou de ônibus e quanto tempo demoraria para ir de um ponto a outro. Dentro da infinidade de dados sobre estradas e condições de tráfego ; que o Google tira de sistemas de geolocalização públicos dos EUA ;, existem algoritmos para organizar as informações de forma que elas possam ser usadas para a elaboração dos mapas. Para esse cálculo, o Maps utiliza uma matriz ; união de algoritmos pré-elaborados. A partir dos resultados contidos nesse sistema, a distância e o tempo de deslocamento são mostrados para o usuário. Tudo isso em segundos.

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioIndicações de filmes
A Netflix, que começou alugando DVDs, soube como aproveitar o avanço do serviço. Em 2007, passou a oferecer aos consumidores o streaming de filmes e seriados de televisão. Hoje, foram transmitidos cerca de 4 bilhões de horas de produções para mais de 40 milhões de usuários, isso apenas em 2013. Indicar obras para cada um desses usuários parece uma tarefa impossível, mas os 800 engenheiros que trabalham na sede discordam disso. A partir de uma análise de Big Data, com algoritmos específicos, o serviço analisa metadatas ; dados sobre ações do usuário: quando ele pausa e quantas estrelas dá para determinado vídeo ; e as compara a outras atividades e combinações, indicando quais se adequariam ao perfil.

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioChips de cartões
Semelhantes à anatomia das telas sensíveis ao toque, os chips de segurança dos cartões de crédito também são divididos em camadas. Responsável pela transmissão de informações entre o processador e a memória interna do dispositivo, a parte superior se comunica com o sistema do terminal de pagamento. Abaixo dela, uma camada de substrato de silício apresenta componentes eletrônicos, que fazem a comunicação com os demais setores do objeto. Logo depois, fios de ligação ;colam; o chip com o corpo do cartão de crédito e acessam os dados mantidos ali ; assim, sua compra é completada, se houver crédito, claro.

Fotos fantasmas
Quem utiliza o Snapchat sabe que as fotos e os vídeos somem do dispositivo em até 10 segundos. De acordo com a própria companhia, todos os snaps, quando enviados pelo usuário, são guardados em um servidor. Após a transmissão ser completada, o aplicativo baixa uma cópia da mensagem, que é armazenada em uma pasta temporária da memória do aparelho. Quando o item é visualizado, o app avisa a central, que, por sua vez, notifica o usuário ; por isso você consegue ver quando seu amigo abriu o arquivo ou tirou um screenshot. Esses dados são apagados após o núcleo central mandar um comando para o celular.


Mitos


Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioÉ preciso ejetar o pen drive?
A vida pode até ser muito curta para ejetar o pen drive, mas você corre o risco de perder todas aquelas fotos da festa que ficaram ótimas. Acontece que os dispositivos USB transmitem informações e dados por meio de correntes elétricas e, se você interromper a transmissão no meio de uma dessas ações, o dispositivo ou a porta do computador podem queimar. Se o dispositivo não estiver lendo ou gravando nada, a chance disso acontecer é bem menor, principalmente em computadores mais novos, que têm desenvolvido tecnologias para reduzir os danos aos periféricos. Mas, na dúvida, a melhor maneira de proteger seus arquivos é sempre usando o bom e velho botão ejetar.

Aplicativos, serviços e aparelhos usam fórmulas, algoritmos e outros mecanismos cada vez mais elaborados para atingir um objetivo: facilitar a vida do usuárioMac pega vírus?
Um Mac pode até ser caro, mas pelo menos não pega vírus, certo? Errado. Quando, em 2012, a Apple mudou a mensagem que dizia ;Proteja seus dados. Sem precisar fazer nada; por ;Construído para ser seguro;, isso indicava o fim de um dos maiores mitos da informática: os computadores pessoais de Steve Jobs estão, sim, sujeitos a malwares. Acontece que a oferta desses arquivos para Macs é menor, e por um simples motivo: o número de usuários de PC é cerca de nove vezes maior do que o de usuários do aparelho da Apple. Assim, existem uma quantidade maior de vírus para Windows, pois mais pessoas podem ser infectadas. Não se engane! Não existe nenhum sistema operacional imune a ataques, é melhor ter um bom antivírus atualizado.

Tocou o celular, o avião vai cair?
Comprar uma revista para passar mais rápido aquele voo de várias horas ficou no passado, hoje em dia, o comum é ver passageiros se divertindo dentro de aviões com smartphones, tablets ou notebooks. Mas quando a aeromoça pede para desligar os eletrônicos, a única opção é tirar uma soneca? A evolução da tecnologia tem apontado que não. Desde 2010, a Agência Nacional de Aviação Civil permite que passageiros de determinadas aeronaves, devidamente testadas, utilizem aparelhos eletrônicos e até que façam ligações ou usem a internet a bordo, como é o caso de alguns aviões da companhia aérea TAM ; com exceção dos momentos de decolagem e pouso. Nos Estados Unidos, a FAA, agência reguladora norte-americana, já permite desde o fim do ano passado que os passageiros utilizem eletrônicos durante todo o tempo dentro do avião. A determinação pode influenciar as legislações de outros países.

Bateria vicia?
Quando aquele celular indestrutível foi lançado no fim dos anos 1990, a maior preocupação era o que o usuário devia fazer para não viciar a bateria. Acontece que, passados mais de 15 anos, a tecnologia evoluiu muito e, hoje em dia, não é mais necessário aguardar a carga completa para tirar o dispositivo da tomada, muito menos esperá-la acabar por inteiro antes de colocar para recarregar (pelo contrário, é recomendado não deixar o aparelho sem essa energia). Nos eletrônicos atuais, esses itens são feitos com íons de lítio (diferentemente dos antigos, que usavam níquel), que não têm o temido ;efeito memória;, e, por isso, não viciam como os de antigamente. Mas isso não quer dizer que seu smartphone vai ficar para sempre assim: a vida útil das baterias é de 300 a 400 ciclos e, após isso, podem começar a apresentar problemas (inclusive durar bem menos).

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