Tecnologia

Espionagem virtual ainda vai movimentar governos, companhias e usuários

As vítimas já começam a se preparar. Uma pesquisa mostra que 79% das pessoas estão preocupadas em proteger os dados na rede

postado em 28/01/2014 09:24
Para algumas pessoas e, principalmente, grandes empresas, já era óbvia a vulnerabilidade do usuário na internet e nos meios de comunicação. Mas foi só no ano passado que o assunto ganhou notoriedade, após a repercussão do caso de espionagem dos Estados Unidos. Somam-se a isso as novas - e traiçoeiras - políticas de privacidade de redes sociais de sucesso, como Instagram e Facebook, em especial para aplicativos de smartphones. Com tantas evidências de insegurança, não dá mais para ignorar a questão: é possível ter privacidade nos meios eletrônicos?

O último boletim da Kaspersky Lab, empresa que produz softwares de segurança on-line, diz que passou da hora de abrir os olhos. Para a companhia, a espionagem internacional vai ganhar novos agentes, via computadores e linhas telefônicas, o que deve fazer com que mais países estabeleçam as próprias redes nacionais isoladas. Na área comercial, será preciso tomar cuidado com a nuvem, e as empresas que não investirem em segurança, especialmente em serviços para criptografar as informações, vão se encontrar em desvantagem competitiva. Quanto aos usuários finais, a grande recomendação é sempre de cautela, principalmente no uso de bancos on-line pelo celular.



A boa notícia é que os internautas estão mais atentos. Uma pesquisa feita pela consultoria ComRes em nove países (Brasil, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Índia, Japão, Coreia do Sul e Austrália) mostrou que 79% dos entrevistados estão preocupados com a privacidade on-line.

O mercado não ficou parado, e as opções para os usuários que querem (tentar) se resguardar também aumentaram. Existem aplicativos que prometem proteger as ligações telefônicas e a troca de mensagens de texto contra rastreamento; softwares capazes de manter os e-mails em sigilo, por meio de criptografia; e, ainda, buscadores on-line que garantem não coletar dados do internauta, como faz o Google.

Ainda que não exista um sistema 100% livre de ameaças, é possível aumentar o nível de segurança e ter, sim, algum controle sobre o que você (ou sua empresa) vai ou não expor. O que ainda precisa melhorar, segundo o levantamento Tendências em Segurança da Informação 2014, da empresa ESET América Latina, é a educação on-line.

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