Tecnologia

Adesivo de pele é capaz de produzir eletricidade a partir do suor

No futuro, o dispositivo ajudará a carregar equipamentos eletrônicos

Vilhena Soares
postado em 27/08/2014 08:43
Inicialmente, a pequena película feita para ser aplicada sobre a pele tinha a função de medir uma substância produzida pelo organismo durante a prática de exercícios físicos. Não demorou muito, porém, para que seus criadores percebessem que ela poderia ser usada também para retirar energia do suor humano. E, assim, o biossensor em forma de tatuagem criado na Universidade da Califórnia em San Diego se tornou uma promissora bateria natural, que, um dia, carregará seu celular enquanto você mantém a forma na academia.

Apresentado recentemente durante o 248; Congresso da Sociedade Americana de Química, realizado este mês em São Francisco, nos Estados Unidos, o invento já consegue desempenhar bem o papel para o qual foi pensado a princípio. Construído com uma enzima especial, a tatuagem capta no suor o lactato, um sal derivado do ácido lático e lançado no organismo durante a atividade física. Por isso, a substância costuma ser medida por atletas para verificar seu desempenho. ;O lactato é um indicador muito importante de seu desempenho durante o exercício;, explica em um comunicado à imprensa Wenzhao Jia, coautor do trabalho.

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O maior incômodo para essa medição, atualmente, é que ela exige a retirada de uma amostra de sangue para exame ; o lactato é um produto da queima de glicose durante a atividade e é lançado diretamente na corrente sanguínea. Ao criar o adesivo, os pesquisadores forneceram uma forma menos invasiva de medir o sal.



A eficácia do sensor foi comprovada em testes com 10 voluntários, que pedalaram uma bicicleta ergométrica durante 30 minutos com a tatuagem temporária presa ao braço. ;Esses sensores podem monitorar lactato gerado na transpiração humana durante o exercício de forma não invasiva e contínua;, assegura Jia. Mas não foi só o nível de lactato que os pesquisadores obtiveram com o biossensor. ;Notamos também a capacidade de gerar energia elétrica a partir da transpiração humana;, prossegue o pesquisador.

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