Roberta Machado
postado em 22/09/2014 08:56
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma bateria com interior líquido e que pode ser usada em grandes redes de fornecimento de energia. A peça ;derretida;, descrita hoje na revista Nature, é uma alternativa mais barata aos sistemas de armazenamento de eletricidade de grande escala tradicionais e deverá ter aplicação principalmente em redes que dependem de fontes intermitentes de energia, como a solar ou a eólica.Baterias líquidas são uma invenção recente e chamam a atenção por terem algumas vantagens sobre os sistemas sólidos. Os novos modelos duram mais e também contam com um sistema de fabricação mais simples quando se trata de sistemas de grande escala. Outros pontos positivos dos dispositivos com eletrodos derretidos são a capacidade de armazenamento, a estabilidade e a descarga.
;Eu queria uma mudança das abordagens tradicionais, que resultam em baterias ainda muito caras e pouca duração em aplicações na escala da rede;, conta Donald Sadoway, pesquisador do MIT e autor da pesquisa. ;Pensei na eficiência de uma fábrica moderna de alumínio, que transforma sujeira em metal por menos de US$ 1 o quilo e me perguntei como poderia transformar aquele dispositivo, que consome uma grande quantidade de eletricidade, em algo que armazena e fornece eletricidade em grande inteisidade. A máquina que funde alumínio é feita de um eletrodo de metal líquido e de um eletrólito de sal derretido. Esse foi o meu ponto de partida;, descreve Sadoway.
Quem poupa tem
O desenvolvimento de baterias próprias para a rede elétrica ganha importância conforme fontes renováveis de energia passam a ser usadas com mais frequência. Um dos pontos fracos do uso da eletricidade gerada pela luz do sol ou pelo vento é a inconstância dessas fontes, que nem sempre fornecem energia no horário ou no volume da demanda. O uso de uma bateria de baixo custo é essencial para garantir que a luz não acabe quando o céu está encoberto ou quando o vento para de soprar.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.