Tecnologia

Pesquisadores se baseiam em plantas rasteiras para criar energia elétrica

Modelo tem mais eficiência no processo de transformar luz em eletricidade do que as células planas comuns

postado em 01/10/2014 08:56
Usina de energia solar em Londres: a nova tecnologia deve aumentar a eficiência de painéis como esses além de favorecer a fabricação de baterias e dispositivos eletrônicos

Em busca de um novo modelo de célula solar, pesquisadores norte-americanos e alemães se inspiraram no sistema de conversão energética mais eficiente e antigo que existe: um simples gramado. Os cientistas desenvolveram nanopilares orgânicos cristalinos, estruturas invisíveis a olho nu que podem ser descritas como uma versão minúscula de laboratório das folhas de grama. O modelo tem mais eficiência no processo de transformar luz em eletricidade do que as células planas comuns e pode ser aplicado em breve em vários tipos de dispositivos de baixo custo.

As nanogramas, como são chamados os blocos de polímero criados pelos pesquisadores, são superfícies nanométricas cobertas por bilhões de estacas. Essas pequenas folhas artificiais são criadas a partir de cristais orgânicos empilhados como moedas. Esse conjunto também lembra a arquitetura interna dos cloroplastos, organelas que fazem parte da fotossíntese de plantas.

Empilhar compostos uns sobre os outros é, de acordo com os criadores da tecnologia, a melhor solução para o transporte de cargas. Nessa disposição, os elétrons viajam de forma mais rápida devido às interações entre moléculas do arranjo da pilha de materiais.



Grafeno

O grande desafio do projeto foi encontrar a base apropriada que permitisse aos pesquisadores montar uma pilha vertical. A solução foi encontrada de forma acidental: um estudante encarregado de aplicar a estrutura de sustentação usou por acidente o grafeno, material derivado do carbono que tem altíssima resistência e serve como excelente condutor. O engano teve excelentes resultados e acabou provando que o grafeno era o candidato perfeito para o projeto.

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