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Política feita em cliques: internet aproxima o governo de democracia direta

Para representante do governo federal, o Brasil é referência, pois tem dado espaço ao cidadão na web. No entanto, a falta de acesso à rede para a população é entrave

postado em 11/11/2014 11:03
Para representante do governo federal, o Brasil é referência, pois tem dado espaço ao cidadão na web. No entanto, a falta de acesso à rede para a população é entrave
Um dos diálogos mais comuns em qualquer canto do país é falar mal da política ; especialmente dos candidatos eleitos que não cumprem as promessas de campanha. Muitos cidadãos sonham em como seria ter o poder nas mãos para tomar decisões no lugar dos políticos. Com a internet, ferramentas que aproximam o governo de uma democracia direta (aquela em que o povo exerce os poderes) é viável.

O Brasil é uma democracia representativa, o que significa que a população elege representantes para tomar decisões por ela. Mas a própria Constituição de 1988 abre espaço para um modelo mais participativo, conforme previsão do parágrafo único do art. 1;, que diz que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (democracia representativa) ou diretamente (democracia participativa).

Entre os dois extremos (de democracia direta e indireta), existem modelos híbridos, que buscam mesclar características de ambos. O Partido Pirata no Brasil, por exemplo, defende o que chama de democracia líquida. ;Não temos uma fórmula pronta para que seja atingido nosso ideal de democracia, mas acreditamos que a experimentação de novos sistemas faz parte do caminhar em direção à democracia plena;, explica João Paulo Apolinário, 22, coordenador regional do Centro-Oeste do Partido Pirata no Brasil.

Na universidade

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, resolveu aderir a um sistema on-line que possibilita maior engajamento dos alunos. O Democracia 2.0 tem basicamente o mesmo intuito de uma assembleia, em que os estudantes podem votar em ideias e propostas. ;Os alunos participavam muito pouco das decisões estudantis e, agora, com a facilidade de votar de casa, o interesse e a representatividade aumentaram;, explica o coordenador de comunicação do órgão, Ian Ferreira, 22 anos.


Os temas são diversos. Já houve enquetes sobre a greve de 2012, sobre as cotas raciais, a possibilidade de a biblioteca funcionar 24 horas por dia e o horário de funcionamento dos ônibus intercampi. ;A partir da preferência dos alunos que votaram, levamos um documento ao Decanato de Assuntos Comunitários para que ele tomasse providência e procurasse atender às mudanças.;

Para proteger o sigilo dos alunos e garantir que uma pessoa não vote duas vezes na mesma enquete, é preciso fornecer o número de matrícula e a senha do MatriculaWeb (sistema interno da UnB).

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