Tecnologia

Excesso de informações pessoais nas redes sociais favorecem diversos crimes

Sites de relacionamento muito usados pelos brasileiros trazem uma série de riscos para os internautas

Paula Takahashi
postado em 05/01/2015 08:00
Diretor de Operações de uma agência digital, Marlos Alves avalia o conteúdo das mensagens antes de postá-las nos sites que visita
Belo Horizonte ;
Foto dos filhos, check-in em restaurantes, no local de trabalho e até em casa, além de álbuns de viagem recheados. Quem usa as redes sociais, em especial Facebook, Instagram e Twitter, já fez pelo menos uma dessas coisas ; quando não todas. Estranho aos usuários, contudo, é a forma maléfica como todas essas informações podem ser usadas.

Wander Menezes, especialista em segurança do Arcon Labs, divisão da Arcon especializada em analisar tendências de ameaças, alerta que um dos quatro fatores que incitam o crime surge dessas ações tão comuns. ;A pessoa cria a oportunidade, que, com o anonimato e a impunidade, constrói a psicologia do crime. Na rede social, ela dá condições para que saibam sobre sua situação social e financeira, o que pode despertar o interesse de alguém;, explica.


Considerando que 90% das pessoas na faixa de 15 a 32 anos acessam as redes sociais e mantêm perfis em sete plataformas, em média, segundo pesquisa da Conecta, o risco é crescente. O excesso de informações pessoais compartilhadas pode motivar ataques tanto no ambiente virtual quanto fora dele.

;Já aconteceu de a pessoa colocar que estava indo viajar e sua casa ser assaltada;, exemplifica Camillo Di Jorge, country manager da Eset, empresa que fornece soluções de segurança da informação que acaba de lançar o Eset Online Scanner para Facebook, produto gratuito que promete reduzir o número de códigos maliciosos (malware) disseminados na rede social. Os malwares são a principal ferramenta de contaminação utilizada por perfis falsos e são repassados principalmente por meio de links suspeitos.

Bom senso
A partir do momento em que tem a máquina infectada, o usuário está sujeito a vários tipos de violação. ;O criminoso pode roubar informações e até controlar as funções do computador. Remotamente, pode ligar a câmera e filmar tudo que a pessoa está fazendo, inclusive o que digita;, detalha Wander. Diretor de operações da agência digital Zubb, Marlos Alves Carmo, 29 anos, reconhece que o bom senso é sua principal arma para não chamar a atenção de pessoas mal-intencionadas. ;Geralmente, tudo que compartilho é público, mas antes de postar, penso muito nas consequências daquilo. Eu me pergunto se aquela mensagem me traria algum problema com a minha mãe ou com meu chefe, por exemplo. Se for algo que passe pelo crivo dos dois, eu publico;, ensina.

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