Tecnologia

"Tatuagem" eletrônica lê mente e permite controlar aparelhos com pensamento

Projeto permite acompanhar atividade cerebral de forma discreta

postado em 27/04/2015 16:25
Projeto permite acompanhar atividade cerebral de forma discreta

Uma das formas mais adotadas para acompanhar a forma do cérebro de funcionar em diferentes ocasiões é a eletroencefalografia (EEG). Normalmente, trata-se de um processo que envolve máquinas complexas. Mas uma equipe de cientistas da Universidade de Illinois desenvolve uma alternativa: uma ;tatuagem; eletrônica que consegue realizar a tarefa de forma discreta.

[SAIBAMAIS]No mercado, existe, por exemplo, a possibilidade de comprar um equipamento que parece um capacete e que consegue analisar a atividade cerebral e mesmo permitir que a pessoa controle aparelhos apenas com o pensamento. Mas, caso a pessoa se mova, já não é possível realizar essa tarefa. Para resolver isso de forma mais prática, a equipe liderada por John Rogers desenvolveu um aparelho extremamente fino que se cola à pele e consegue fazer um EEG, mesmo que a pessoa esteja realizando outras tarefas, como dirigindo ou mesmo nadando.

A invenção consiste em um conjunto de eletrodos, que são colocados atrás da orelha. Ele consegue se manter preso à pele graças à força de van der Waals, o mesmo princípio que faz com que as patas de lagartixas se mantenham pregadas a paredes, por exemplo. Após aproximadamente duas semanas, o acúmulo de pele morta debaixo do aparelho faz com que ele se descole.

Em testes, o projeto teve bons resultados: voluntários conseguiram soletrar a palavra ;computador; em uma tela apenas com o pensamento, a partir da atividade elétrica cerebral. Na ocasião, o aparelho estava conectado a um PC, mas a intenção é que ele funcione com um sistema sem fio.

Diferentes aplicações poderiam ser feitas com uma tecnologia desse tipo. A equipe de Rogers pretende ajudar no uso medicinal, por exemplo. ;EEG é importante em detectar convulsões, particularmente em bebês prematuros;, defende Rogers em entrevista ao NewScientist.

Mas o aparelho também poderia ganhar usos cotidianos. A invenção poderia, por exemplo, detectar que a pessoa está acordando e já ativar uma cafeteira, ou silenciar as notificações do celular quando perceber que o usuário está muito concentrado.

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