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Análise: Dragon Age Inquisition é um dos títulos mais imersivos disponíveis

Terceiro capítulo da franquia traz melhoras em todos os aspectos da série

postado em 27/06/2015 17:17
Terceiro capítulo da franquia traz melhoras em todos os aspectos da série
Uma das melhores evoluções proporcionadas com a constante melhora tecnológica nos videogames é a possibilidade de criar experiências virtuais cada vez mais imersivas. E Dragon Age Inquisition é um dos grandes exemplos disso atualmente. Com melhoras em todos os aspectos em relação aos capítulos anteriores da franquia, o game responde à altura toda a expectativa gerada antes do lançamento.

[SAIBAMAIS]É importante admitir que Dragon Age Inquisition pode parecer sim um título intimidador para aqueles que não são fãs de longa data da série feita pela Bioware. A começar pelo tamanho do game: normalmente, são necessárias, em média, 90 horas para completar a história principal. Junte a isso o fato de o jogo se passar em um universo vastamente rico em mitologia original e é compreensível o porquê de alguns novatos ficarem em dúvida se conseguirão aproveitar o título.

E a resposta é sim. Mas será necessário um esforço mínimo por parte daquele que usar Dragon Age Inquisition como porta de entrada para a franquia. O recomendável é buscar um resumo da história dos dois games anteriores e os principais eventos ocorridos neles.

Uma vez iniciada a história, o jogador irá se encontrar com um mundo rico, dividido em duas regiões, Ferelden e Orlais. Após utilizar um detalhado de criação de personagem no início do game, a aventura acompanha o protagonista em uma campanha para ressuscitar a Inquisição, um grupo com a meta de combater o avanço de forças malignas.

Esse resumo da história já serve para mostrar um dos pontos em que o game não brilha tanto: o enredo. Não que a história não consiga prender a atenção do jogador, pois há conflitos interessantes, principalmente no papel do protagonista, uma figura vista como mensageiro divino por uns e com extrema desconfiança por outros. Mas é preciso admitir que uma fantasia medieval que fala sobre o combate entre o bem e uma força maligna sobrenatural não é exatamente a ideia mais original dentre desse gênero.

Terceiro capítulo da franquia traz melhoras em todos os aspectos da série
Mas isso é equilibrado pela riqueza vista no restante do jogo. A começar por aquela que primeiro chama a atenção: a do visual. Os diversos territórios de Ferelden e Orlais são impressionantes, com desertos, florestas cobertas de neve, costas chuvosas e florestas bucólicas. Diversas vezes, o cenário consegue ser tão estonteante que é capaz de fazer o jogador parar de se locomover apenas para contemplar as montanhas, o céu e o tudo que o circunda.

E ao explorar cada território, serão encontrados inimigos, obviamente. E aí entra um dos aspectos mais satisfatórios de Dragon Age Inquisition: o sistema de batalha. Ele traz de volta a câmera tática adotada no primeiro jogo da série e que havia sido abandonado em Dragon Age II. Com ele, é possível pausar a luta e dar direções táticas a cada um dos personagens presentes no grupo, a partir de um ângulo superior. E, caso não queira utilizar esse recurso, o jogador pode simplesmente seguir batalhando com o combate em terceira pessoa e em tempo real.

Trata-se de uma escolha muito inteligente da Bioware a possibilidade de alternar entre os dois modos de batalha. Dá-se a liberdade para quem pretende lutar de forma mais estratégica ou para aqueles que preferem ser mais diretos e apenas usar o protagonista para atacar.

Múltiplas aventuras

Com uma variedade tão grande de lugares para conhecer, o mundo de Dragon Age Inquisition não seria tão convidativo sem conteúdos secundários à história principal. E isso é um dos maiores trunfos do game: a variedade de missões disponíveis pode parecer até assustadora. Por isso, é muito fácil cair na tentação de deixar as missões principais de lado apenas para perambular em cada canto de Ferelden e de Orlais e ver o que esse mundo tem a oferecer. Seja a caça de uma criatura específica, a coleta de itens escondidos, a tentativa de ajudar uma aldeia de elfos, não faltam tarefas a serem completadas.

E Dragon Age Inquisition faz um ótimo trabalho na elaboração e inserção dessas missões no mundo do jogo. Muitos títulos que se proponham a seguir essa direção caem facilmente na má escolha de criar tarefas repetitivas. Mas isso não acontece aqui. Raramente tem-se a sensação de se estar fazendo algo já realizado antes, com excessão de três tipos de missões padrão: fechar fendas, localizar fragmentos e estabelecer acampamentos. De resto, cada nova opção que se apresenta só contribui para a imersão do jogador. Quando menos se percebe, já se foram horas sem que se lembrasse da história principal.

Tudo isso contribui para que Dragon Age Inquisition seja um título que consumirá mais de 150 horas de jogo de qualquer um disposto a tentar realizar todas as missões disponíveis.

Por mais que a história principal não seja a mais interessante no mundo dos RPGs, Dragon Age Inquisition é capaz de prender o jogador graça ao extenso mundo criado, rico em ambientes e em tarefas. Com tantos elementos tão bem combinados, encontra-se aqui um dos títulos mais imersivos e divertidos disponíveis no mercado.
Nota
Jogabilidade: 2,5
Sons: 2,5
Entretenimento: 2
Gráficos: 2,5
Total: 9,5

Informações técnicas
- Publicação: EA Games
- Desenvolvimento: Bioware
- Plataformas: Xbox 360, Xbox One, PlayStation 3, PlayStation 4, PC
- Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
- Jogadores: 1 (off-line), multiplayer online
- Preço: R$ 179,99 (consoles) R$ 99,90 (PC)

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