Tecnologia

São Paulo é a 12ª melhor cidade do mundo para startups na América Latina

A conclusão é do estudo Global Startup Ecosystem Ranking 2015, realizado pela Compass, uma desenvolvedora de software para empresas de tecnologia

Agência Estado
postado em 28/07/2015 09:10
A cidade de São Paulo é a melhor opção para quem quer criar uma startup de tecnologia na América Latina. A conclusão é do estudo Global Startup Ecosystem Ranking 2015, realizado pela Compass, uma desenvolvedora de software para empresas de tecnologia de São Francisco, na Califórnia, que realiza estudos do setor desde 2012.

[SAIBAMAIS]No ranking global, São Paulo aparece no 12.; lugar, subindo uma posição na comparação com o ranking anterior, publicado em 2012. A cidade é a única do Brasil e da América Latina a aparecer no estudo, que mapeia os 20 melhores ecossistemas de startups do mundo.

Na liderança do ranking aparecem o Vale do Silício, Nova York, Los Angeles, Boston e Tel Aviv. O estudo deixou de fora os ecossistemas da China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul por causa da barreira da língua. As cidades foram avaliadas nos quesitos performance, disponibilidade de capital, alcance de mercado, talento e capacidade de exportar startups internacionalmente. O estudo aponta como pontos fortes de São Paulo a disponibilidade de capital, performance das startups e alcance de mercado.

O estudo também apresentou algumas conclusões sobre os ecossistemas estudados. Nova York, Austin, Bangalore, Cingapura e Nova York apresentaram o melhor desenvolvimento no período de 2012 e 2014, enquanto Toronto, Sidney, Vancouver e Seattle apresentaram as maiores quedas. Santiago, Melbourne e Waterloo que era citadas no estudo publicado em 2012 saíram do ranking, o que mostra uma queda no desenvolvimento dos ecossistemas locais.

Capital de risco

Segundo o Global Startup Ecosystem Ranking 2015, os ecossistemas de startups estão cada vez mais internacionais, já que 37% dos investimentos recebidos pelas startups nos 20 ecossistemas mapeados incluem ao menos um investidor de outro país. Já o número de startups que abriram um segundo escritório em outro país ou até mesmo mudaram sua sede de uma região para outra cresceu 8,4 vezes segundo o relatório.



O número de saídas bem-sucedidas de uma empresa (quando os investidores conseguem vender a sua participação e lucrar) cresceu 78% anualmente entre 2012 e 2014 - 40% por meio de IPOs (abertura de capital em bolsa) e 60% por meio de aquisições. Esse movimento foi puxado principalmente por Berlim, Bangalore, Amsterdã, Londres e Tel Aviv. São Paulo não se destacou nesse quesito.

A falta de capital de risco disponível no mercado deixou de ser um problema para as startups. Esse tipo de investimento cresceu 95% entre 2013 e 2014 nos ecossistemas listados, mas as cidades que se destacaram foram novamente as europeias e americanas. Em Berlim, por exemplo, o número de investimentos em startups cresceu 12 vezes de um ano para o outro.

Todas as startups apresentaram grande desequilíbrio no quesito igualdade de gêneros, embora o número de fundadoras do sexo feminino tenha crescido 80% de 2012 para 2015 - as mulheres são 18% dos fundadores de startups, porcentual que era de 10% no estudo anterior.

O Global Startup Ecosystem Ranking 2015 foi baseado em entrevistas com mais de 200 empreendedores e especialistas em startups de 25 países e em uma pesquisa com 11 mil fundadores de startups, investidores e envolvidos com o setor ao redor do mundo ao longo dos últimos cinco meses.

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