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Análise: estreia da Xiaomi no Brasil, Redmi 2 faz muito e custa pouco

Com preço muito acessível e bom desempenho, o aparelho da empresa chinesa pode ser uma boa escolha para quem procura um smartphone de entrada

postado em 11/09/2015 11:15
Com preço muito acessível e bom desempenho, o aparelho da empresa chinesa pode ser uma boa escolha para quem procura um smartphone de entrada

Depois de se consolidar no mercado internacional com smartphones de boa qualidade e preço baixo, a Xiaomi estreia no Brasil com o Redmi 2. Conhecida com a ;Apple chinesa;, a corporação asiática aposta em um aparelho de entrada para conquistar o público brasileiro. A empresa chega com uma estratégia de vendas ousada para o mercado nacional. O celular pode ser comprado apenas no site da própria Xiaomi, uma opção que reduz os custos de distribuição e elimina os altos lucros de revendedores. Com isso, é possível comprar o Redmi 2 por R$ 499 (no boleto) ou R$ 549 (no cartão de crédito).

[SAIBAMAIS]O valor é realmente um dos destaques do smartphone de estreia dos chineses no Brasil. Na mesma faixa de preço, é praticamente impossível encontrar uma opção à altura do Redmi 2. Em relação ao custo-benefício, o aparelho sai na frente da maioria dos concorrentes disponíveis para o consumidor nacional.

Ainda na caixa, o Redmi 2 chama atenção pelo cuidado da Xiaomi com a embalagem. Com design minimalista (sem desenhos, fotos ou textos em fontes gigantes), a primeira impressão é muito boa e inspira confiança.

O design do aparelho em si não impressiona tanto. Não há nada, porém, que torne o visual feio ou desagradável e o desenho simples e condizente com a proposta transmite a sensação de um smartphone resistente. O primeiro ponto negativo do aparelho está nos botões capacitivos. Vermelhos, eles se destacam em ambientes iluminados, mas por falta de retroiluminação fica difícil utilizá-los no escuro.

É ao ligar o Redmi 2 que as primeiras surpresas aparecem e a ;influência; da Apple fica clara. A interface MIUI lembra muito mais o iOS do que o Android, mesmo que o sistema operacional na verdade seja o Kit Kat 4.4. Um dos grandes trunfos das modificações da Xiaomi é conseguir aliar às alterações estéticas um bom desempenho.

Apesar de parecer um sistema completamente diferente, o MIUI roda tão bem quanto o Android comum e oferece funções novas e úteis ao usuário. Se o design à la iPhone não agradar, é simples: basta trocar. Há uma loja de temas com diversas opções gratuitas para ajustar a interface ao gosto do usuário. Sem dúvida, a maioria das modificações da Xiaomi são bem resolvidas e dão um ar clean e elegante ao sistema.

Com preço muito acessível e bom desempenho, o aparelho da empresa chinesa pode ser uma boa escolha para quem procura um smartphone de entrada

A tela do Redmi 2 é outro fator que deve causar espanto. Com 4,7 polegadas e resolução HD (1.280 x 720 pixels), a qualidade é muito acima do que se espera de um celular dessa faixa de preço. As cores são nítidas, o índice de brilho é alto e o contraste é bom. Além disso, o nível de reflexos é baixo e, mesmo usando o celular em lugares bastante iluminados, não houve problemas.

A qualidade da tela aliada ao som eficiente tornam o Redmi 2 uma boa opção para quem gosta de vídeos. Certamente, não decepcionará aqueles que gostam de assistir séries e até mesmo filmes no smartphone. No quesito áudio, é importante lembrar que fones de ouvido não acompanham o aparelho e podem ser adquiridos na loja online da Xiaomi. O modelo mais básico custa R$ 39. Além dos fones, a loja da empresa oferece também opções de capas, películas e um carregador portátil.

Câmera
Com 8 megapixels de resolução, a câmera traseira do Redmi 2 oferece qualidade condizente com a categoria. Longe de ser excepcional, permite fotos de qualidade aceitável tanto em situações de iluminação boa quanto em ambientes mais escuros. Não espere, no entanto, fotos incríveis e nem tente compará-lo a smartphones mais caros. Ela cumpre seu papel e só. A interface do app de câmera disponível no aparelho lembra, mais uma vez, muito o do iOs. Deixa a desejar, porém, nos ajustes manuais, que liberam poucos funções (ISO, balanço de branco).

Já a câmera frontal de 2 megapixels é apenas razoável. A qualidade das fotos não chega a ser inaceitável, mas fica longe de oferecer qualidade boa. Serve para selfies ocasionais e conta com uma função pouco útil que tenta adivinhar o sexo e a idade do usuário que será fotografado.

Mesmo filmando em Full HD, a qualidade dos vídeos também deixa um pouco a desejar e as imagens não aparentam ter alta resolução. Apesar disso, o sistema de fotometria funciona bem e ajusta rápido a luz até quando o vídeo é feito em locais com diferentes fontes de iluminação.

Com preço muito acessível e bom desempenho, o aparelho da empresa chinesa pode ser uma boa escolha para quem procura um smartphone de entrada

Desempenho
O desempenho do Redmi 2 não decepciona. É claro que o aparelho tem limitações comuns à categoria e ao preço (como a demora na abertura de alguns aplicativos). Mas, em termos gerais, ele roda muito bem. Com funcionamento fluido, travamentos, fechamento de aplicativos e outros erros são bastante raros e, nos testes do Tecnologia, em nenhum momento o smartphone apresentou falhas graves que atrapalhassem o uso. Fica claro, mais uma vez, que as modificações e a integração do sistema com o hardware foram muito bem feitas pela Xiaomi.

O Redmi 2 tem 8GB de memória interna, que podem ser expandidos para até 32GB com cartão microSD. Com processador quad-core de 1,2GHz, 1GB de memória ram e GPU Adreno 306, o Redmi conseguiu executar bem a maioria dos games testados. Em jogos mais pesados, pode haver alguns engasgos, nada que fuja ao que era esperado de um celular da categoria. O Redmi cumpre com louvor tarefas cotidianas e pode até se sair bem em algumas mais pesadas.

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A bateria de 2.200mAh dura um dia de uso intenso tranquilamente e pode até durar bem mais que isso caso a utilização seja baixa. Com base nos testes feitos pelo Tecnologia, é possível afirmar que o Redmi 2 muito dificilmente deixará o usuário na mão quando o quesito for bateria.

Uma inovação que complementa o conjunto do Redmi é o fato de ele ser o primeiro aparelho dual-chip com 4G lançado no Brasil. Em linhas gerais, o desempenho supera expectativas (pelo preço baixo e bom custo benefício) e o consolida como excelente opção para quem quer entrar no mundo dos smartphones.

Ficha técnica
Processador: Cortex-A53 do Qualcomm Snapdragon 410 (1.2 GHz, Quad Core)
Memória RAM: 1GB
Armazenamento:
8GB
Dimensões (A x L x E): 134 x 67,21 x 9,4
Tela: 4,7 polegadas (1280x720 pixels)
Sistema operacional: Android 4.4 (Kit Kat)
Peso: 133 gramas
Resolução das câmeras: 8MP (traseira) e 2MP (frontal)
Conectividade: wi-fi, Bluetooth.
Rede: 4G/LTE
Preço: R$ 499 (boleto); R$ 549 (cartão de crédito)

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