Turismo

Última parada: Baía de Nápoles e a antiga cidade romana de Pompeia

Thiago Neres
postado em 10/08/2011 14:45
Em 24 de agosto de 79 d.C., os cerca de 20 mil habitantes de Pompeia, localizada na Baía de Nápoles, no sul da Itália, encontraram um terrível destino depois de uma erupção do Vesúvio. O que era um símbolo representativo da sociedade romana, um dos berços da civilização, tornou-se uma terra encoberta pela fúria de um vulcão. No último dia de viagem a bordo do navio Azamara Journey, o passeio até o sítio arqueológico de Pompeia revela uma cidade parada no tempo, que continua respirando história.

Pompeia tem grande extensão territorial, com área de 12km2 quilômetros quadrados. A menos que você seja um historiador familiarizado com a região, é recomendável entrar na cidade com um guia e não se afastar dos grupos. Vale lembrar, também, que Pompeia não é um lugar ideal para fazer compras e é preciso ter disposição para caminhadas. Gastam-se pelo menos quatro horas para explorar a localidade. Boa parte das casas, construções e jardins não está aberta ao público. Mesmo assim, a região recebe em torno de 2 milhões de visitantes por ano.

A guia Laura Iaccarino explica que a população de Pompeia não sabia que o Monte Vesúvio era, na verdade, um vulcão. Quando ele explodiu violentamente, a maior parte das pessoas acreditou que a cidade estava sendo punida pelos deuses, a exemplo de Sodoma e Gomorra. Existiam muitos bordéis em Pompeia e os comerciantes valorizavam o lucro. Por isso, a erupção foi vista como um castigo. ;Não houve tempo para fuga. A maioria dos habitantes morreu por conta da fumaça tóxica expelida com as cinzas vulcânicas. Outros foram petrificados pela lava, cuja temperatura oscilava entre 900;C e 1.200;C;, narra.

Afrescos
As casas formam um retrato da sociedade aristocrata da época. As residências de quem tinha poder aquisitivo normalmente apresentavam grandes e luxuosos jardins. Em alguns lugares, foram encontrados desenhos e artefatos indicando o culto aos deuses Dionísio, Apolo, Júpiter e Vênus. Pelo menos 25 fontes de água funcionavam no meio das ruas, saciando a sede tanto de homens, como de animais. Elas ainda eram utilizadas como pontos de encontro pela sociedade. Cada fonte tem um rosto diferente cravado no concreto, para facilitar a identificação.

Segundo Laura Iaccarino, Pompeia tinha pelo menos três pequenos teatros romanos e um anfiteatro, com tamanho maior. Outra construção que se tornou um símbolo da cidade foi o Palácio da Justiça, com belas colunas e arquitetura típica de cidades romanas. ;É interessante notar que era uma civilização desenvolvida para a época. Alguns afrescos pintados nas paredes chegavam a passar a sensação de 3D;, observa.

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