Turismo

Quem já percorreu a Rota 66 dá dicas para os próximos aventureiros

postado em 11/07/2012 08:09

Sérgio Ricardo Mendes, 33 anos, gerente financeiro

Mesmo muito diferente do que era na década de 1940, a Rota 66 sobrevive também graças a esses aventureiros. Desde os trechos abandonados até as tradicionais placas, aos estabelecimentos comerciais, as antigas e as novas construções e as paisagens impressionantes, tudo parece perfeito para viver grandes emoções. A rodovia traz um fascínio inexplicável e é ponto certo para querem realizar um sonho. Confira as histórias e dicas de quem já passou por lá. Percorreu a Rota? Mande seu depoimento para .

[SAIBAMAIS];Em abril de 2011, eu e minha noiva realizamos o sonho de percorrer a legendária Rota 66. O percurso escolhido começa em Seligman, Arizona, e termina na famosa cidade Oatman, também no Arizona. Foram 150km deslumbrando paisagens magnificas, retas sem fim, postos de combustíveis desativados, veículos antigos, cidades-fantasmas... Fizemos o percurso de carro e, com a ajuda de mapas, conseguimos encontrar o acesso à Historic Route 66, que tem esse nome porque representa a estrada original, prevalecendo o antigo asfalto, as paisagens, entre outras relíquias. Pernoitamos em Kingman, uma belíssima cidade com uma infraestrutura adequada para viajantes da Rota. Lá, há um maravilhoso clima fresco ao anoitecer proporcionado pelas montanhas. De Kingman até Oatman são apenas 35km, percorrendo montanhas e desfiladeiros. É aconselhável que esse percurso seja feito descansado. O nível de atenção aumenta com a chegada de incríveis curvas limitando a velocidade a no máximo 20km/h. A paisagem é uma recompensa. Ao chegar em Oatman, a sensação é de participar daqueles filmes antigos de faroeste com pequenos teatros improvisados pelos moradores da cidade.;
Sérgio Ricardo Mendes, 33 anos, gerente financeiro

;A histórica Rota 66, estrada mais famosa do mundo, mantém trechos bem conservados e convidativos a serem percorridos, com muitos atrativos e paradas obrigatórias no trajeto. Uma experiência inesquecível! Uma boa opção para iniciar a viagem pela Rota 66 (Route 66) é por Santa Monica, na California, mais precisamente no pier de Santa Monica. A primeira importante parada é em San Bernadino, onde está o primeiro McDonald;s, que hoje funciona como um museu do restaurante. Na Rota 66 está o Emma Jeans Cafe, a casa do Brian Burger, onde foi filmado Kill Bill. Aproveite para saborear o burger. A partir de San Bernadino até Las Vegas, a estrada é incrivelmente reta! No caminho, uma parada imperdível é na cidade fantasma de Calico, localizada a cerca de 18km de Barstow. A cidade foi fundada em 1881, com 40 pessoas motivadas pela descoberta de minas de prata e bórax. A cidade chegou a ter 1.200 habitantes e cerca de 20 saloons. Hoje é uma atração turística, funcionando como uma cidade fantasma, com restaurantes, bares e lojas que ainda mantém o clima de Velho Oeste.;
Juliano Almeida, 30 anos, administrador

"Era um sonho do meu marido fazer a Rota 66 com a família. Planejamos algo bem americano: ir de motorhome. Decidimos também fazer a rota no caminho invertido da maioria e ir de Los Angeles a Chicago. Aproveitamos e passamos antes pela Big Sur. Alugar um trailer para fazer a rota vale muito à pena, pois os Estados Unidos possuem uma ótima infraestrutura em estradas e campings, com eletricidade, água, piscina, mini market, lavanderia e churrasqueira. Tudo isso em torno de 40 a 50 dólares por dia. Além de podermos nos relacionar com famílias de lá e entender melhor a cultura deles. Os trechos pitorescos foram a parte mais emocionante da viagem. Encontrar todos os pedaços da Rota 66, também chamada de Mother road (estrada mãe, em tradução livre), é um grande desafio, pois em algumas partes ela desaparece, transformada em rodovias interestaduais. Os pontos turísticos da rota são variados, como cidades-fantasma (principalmente Calico), os primeiros postos de gasolina, três ou quatro museus que falam sobre a Rota 66, o Cadillac Ranch, o restaurante onde nasceu o cachorro-quente com ketchup e um passeio de helicóptero pelo Grand Canyon (dica: agência Maverick). Em Amarillo, jantar em um restaurante típico texano, onde eles mandam o motorista com limusine com chifre no capô, e lá tem uma competição de quem consegue comer o prato gigante de T-bone. Quase ninguém consegue, mas quem tenta ganha uma camiseta e quem consegue, o jantar sai de graça. Além disso, a estrada deu origem ao primeiro McDonalds. O Museu do Cowboy, onde tem vários quadros e esculturas do Jonh Wayne, também vale à pena. A experiência de passar por vários estados, ouvindo o inglês com vários sotaques, principalmente do Texas, é extraordinária! Importante também são aldeias de índios que aparecem frequentemente na estrada, lembrando filmes de faroeste. O deserto de Mojave é muito quente. O ovo literalmente frita no asfalto (fizemos a experiência), a temperatura fica em torno de 45 a 50; C. Ao longo do caminho, encontramos famílias inteiras de Harley-Davidson e o famoso carro Corvette, que representam a história da rodovia. Jantar nos barcos do rio Mississippi, em Sant Louis, com suas flores nas jardineiras, é uma boa pedida. Dizem que serviços e lojinhas presentes em postos de gasolina surgiram lá primeiro. O seguro saúde é algo essencial. Viajamos com nossa avó e ela necessitou de apoio médico e o seguro cobriu tudo. Por fim, chegar a Chicago no verão é maravilhoso e a experiência se torna completa e única."

Sandra Simões Garcia de Oliveira, 47 anos, diretora de escola

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