postado em 21/11/2012 08:20
Como parte da mobilização para promover a cidade a partir do valor histórico, uma agência de turismo da cidade oferece visitas à aldeia Pataxó do Monte Pascoal, onde 108 indígenas vivem na última reserva de Mata Atlântica no extremo sul do estado. O passeio, batizado de Programa de Índio, permite conhecer cerca de 200 espécies de flora endêmica por metro quadrado. Entre os monitores, índios da tribo, está o cacique Araçari, 53 anos. No trajeto, descobre-se propriedades de plantas locais, bem como histórias dos pataxós.
[SAIBAMAIS]Veio do mar o nome da tribo, assegura o cacique. ;Os índios estavam sobre uma rocha, com a maré enchendo. Quando veio uma onda enorme e bateu na primeira pedra, o som foi ;pá;. Acertou outra rocha, ;tá;. Na volta, fez ;xó;;, relata. No centro da aldeia, foi instalada a Praça da Resistência, que marca a volta dos Pataxós ao Monte Pascoal, em 1999. O monumento, no qual estão gravados os nomes de tribos brasileiras existentes e extintas. O local é cercado por seis arcos, cada um significando um século de sobrevivência.
Ao tomar uma das cinco trilhas disponíveis, o turista deve optar pelo modo como o passeio será conduzido. Caso queira ver animais típicos da mata, como quatis e macacos, é necessário manter silêncio no trajeto. ;Para ver os bichos, é preciso ir calado. Não é como num zoológico, ficam soltos na mata. Eles ouvem se estivermos conversando e fogem;, detalha Araçari. Entre as plantas típicas, listam-se pau-brasil, sapucaia e jequitibá. ;Estamos com um projeto para colocar placas nas madeiras para identificá-las;, adiantou o cacique.
