Turismo

Museu em Vassouras conta a história de uma rica e moderna mulher da cidade

A propriedade, do século 18, guarda as memórias de Eufrásia, do modo de vida e dos costumes da região

postado em 17/04/2013 11:15
A propriedade, do século 18, guarda as memórias de Eufrásia, do modo de vida e dos costumes da região

[SAIBAMAIS]A moça era à frente de seu tempo. Usava cabelo à la garçonne e vestidos que deixavam os ombros descobertos. Namorou o abolicionista Joaquim Nabuco, que ela conheceu numa viagem de vapor. Quando os pais morreram, Eufrásia se mudou com a irmã Francisca ; que, por ter um defeito na perna, tinha passado a vida segregada dentro de um quarto ; para um palacete de cinco andares próximo ao Arco do Triunfo, em Paris. Morreu em 1930, com 80 anos. Deixou parte de sua fortuna para construir um colégio e um hospital na cidade e outra para mendigos brasileiros e franceses, o que lhe rendeu problemas com a inconformada família.

No Museu Casa da Hera, em Vassouras, a história é contada em visita guiada por cômodos da residência do século 18, onde se respira todo o fausto das ricas famílias daquela época. A chácara pertenceu à família Teixeira Leite. O pai, Joaquim José, era um comerciante de café, e a mãe, Esmênia, descendia de uma família grande produtora. Fórmula pronta da riqueza. No casarão, destaque para as salas de música e de visitas. Na primeira, um piano Hertz totalmente original (só há outro em Estrasburgo, França) e um estupendo lustre de cristais de murano. Na segunda, o retrato de Eufrásia, com a idade de 37 anos, impõe respeito. Os olhos da mulher, que foi grande investidora e triplicou a fortuna da família com aplicações na Bolsa de Paris, parecem seguir os visitantes.

A propriedade, do século 18, guarda as memórias de Eufrásia, do modo de vida e dos costumes da região

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação