Adriana Bernardes
postado em 22/10/2014 09:37
Oslo, a capital da Noruega, tem museu, castelo e palácio. Com pouco tempo, fica difícil escolher entre a casa do dramaturgo, poeta e diretor Henrik Ibsen, considerado um dos criadores do teatro realista moderno ou o Centro Nobel da Paz. Talvez a National Galery, com as esculturas de August Rodin e telas de Eduard Munch ; sim está lá a famosa pintura O grito ; ou a Ópera Hall, um lugar onde a visita começa de cima do telhado. Mas, e o Vigelandsparken, fica fora do roteiro? E o City Hall, onde acontece a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel? Difícil decidir.
O Vigelandsparken é point dos habitantes de Oslo em qualquer estação do ano. O local abriga 212 esculturas de Gustav Vigeland, um artista local que retratou o cotidiano do ser humano em toda sua delicadeza e intensidade. Ele esculpiu homens, mulheres, crianças e velhos em diferentes situações, da vida à morte e dela ao renascimento.
Nenhuma peça tem a data em que foi feita, e todas as estátuas estão nuas. O artista escolheu assim para sua obra ser atemporal e despertar, em cada visitante, um sentimento a respeito da imagem. As sensações certamente variam com a idade de quem observa, as experiências de vida e, acima de tudo, o momento que a pessoa vivendo.
Expressão
Para uns, o homem que tenta equilibrar quatro crianças no colo, pode ser uma divertida brincadeira. Para outros, representa a dificuldade de cuidar e educar os pequenos. A criança nos braços da mulher pode ser, aos olhos de uns, um momento de ternura e aconchego intensos. Para outros, o último abraço de despedida no filho. De qualquer ângulo que se olhe para o casal de velhos conversando, a expressão nos rostos é tão forte que o visitante se pega imaginando sobre o que falavam.
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