Turismo

De volta ao passado: um passeio pelas ruínas

Primeira capital da Tailândia, Sukhothai conserva ruínas do século 13 no Parque Histórico, tombado pela Unesco. Lá, é possível conhecer o Wat Mahathat, maior mosteiro do país. Os devotos concentram, no local, grande quantidade de oferendas feitas a Buda

Enviada Especial
postado em 19/03/2015 15:03

Tombadas pelo patrimônio histórico da Unesco, as ruínas exibem dezenas de Budas. São vários templos cercados por um lago de flor de lótus. Para se deslocar, alugue uma bicicleta
Acerca de 400 km ao norte dos templos de Bangcoc está uma cidade que transpira história: Sukhothai. A primeira capital da Tailândia impressiona desde a primeira vista. O aeroporto, nada convencional, deixa os turistas boquiabertos ao descobrirem-se em um zoológico. Ao desembarcar, um veículo semelhante ao usado em safáris, leva os passageiros ao modesto e aconchegante salão de desembarque. Com ar de fazenda, é possível contemplar os búfalos, que observam atentos o vai e vem das aeronaves. E eles posam para fotos!


Apesar de ser servido por trens entre as principais cidades, se optar por ficar entre Bangcoc e Chiang Mai, o mais indicado para a ida à Sukhothai é o avião. Um dia é suficiente para conhecer as conservadas ruínas do século 13, no Parque Histórico. Os monumentos ficam em meio a muito verde e são emoldurados por lagos de flor de lótus. Uma dica: chegue cedo, ou perderá o mais belo pôr do sol do continente.


Tombadas como patrimônio histórico pela Unesco, as ruínas de influência hindú exibem dezenas de Budas. Os mais atentos também encontram a figura esculpida em detalhes nos templos. A principal atração é Wat Mahathat, maior mosteiro da Tailândia, lugar onde se concentra fabulosa quantidade de oferendas a Buda.


Nas ruas da cidade antiga, os tuc-tucs disputam espaço entre os carros e bicicletas, mas não se ouvem buzinas
Como os templos ficam distantes uns dos outros, a melhor forma de explorar é de bicicleta, com opção de aluguel na entrada. Quem não quiser se aventurar em duas rodas pode reservar um dos adoráveis trens vermelhos disponibilizados para o tour com visitantes.


Chatuchak


A simplicidade que se encontra nas ruas da antiga capital, onde os tuc-tucs são quase uma marca registrada, não é a mesma dos hotéis e resorts ali construídos. Por cerca de R$ 150, a diária, o turista consegue se hospedar no Sukhothai Treasure Resort & Spa. Não tem o luxo de alguns complexos de Bangcoc, mas conquista pelo design moderno, uma piscina espetacular e atende às necessidades do viajante.


Se nem mesmo o sol forte tira a vontade perambular, pechinchar e gastar alguns bahts em Bangcoc, shoppings e feiras precisam entrar no itinerário. De pedras preciosas, passando por seda e até souvenires de elefantes, um dos símbolos do país, o comércio da cidade atrai viajantes mais consumistas. A maior parte das lojas se concentra no entorno da Siam Square, referência em compras. O mais tradicional shopping é o MBK.


Nos mercados e feiras, verdadeiros labirintos onde é possível ganhar até 40% de descontos nas mercadorias
Quem gosta de barganhar vai se sentir em casa no Chatuchak, a maior feira a céu aberto. A primeira impressão é a de circular em um labirinto, com muitas lojas e, claro, muita gente. O caos do consumismo tenta ser organizado ; na maioria das vezes, funciona. O espaço é dividido em 27 seções, entre roupas, comidas e galerias de arte. Lá está a prova de que na Tailândia se encontra de tudo. Apesar de ser frequentado por moradores, em apenas uma volta se escuta vários idiomas estrangeiros.


Por ser a cara do povo tailandês, o local ganhou status de atração turística. Esbanjando simpatia, bom humor e jogo de cintura, é possível conseguir até 40% de desconto nas mercadorias, anunciadas por preços nada exorbitantes. Com mais de 15 mil barracas, a feira chega a receber 200 mil visitantes aos fins de semana. O lendário mercado tem fácil acesso, perto de paradas de ônibus e da estação Kamphaengpecth do metrô. Com temperaturas altas durante a tarde, o melhor período para ir é durante a manhã. O horário de funcionamento é das 6h às 18h, sempre aos sábados e domingos.


Massagens e boa comida
As massagens são oferecidas nas ruas do país. Terapêuticas, elas aliviam as tensões e trabalham a mente
Após a ;maratona de revezamento; de sacolas nos corredores do Chatuchak, que tal uma massagem? Mas que fique o aviso: pode ser a mais relaxante ou a mais dolorida da sua vida. A massagem tailandesa é terapêutica e consegue trabalhar a mente e o corpo incorporada a Ioga. Usam-se apenas polegares, palma das mãos, cotovelo e joelho. O auxílio de óleos aromáticos e de toalhas quentes tira a tensão dos músculos. A dica é relaxar. As massagens são oferecidas nas ruas do país.

Quem está em Bangcoc, Chiang Mai, Phuket ou Pattaya vale passar no The Oasis Spa. Com ótimo atendimento, são oferecidos tratamentos diversos, desde massagem para casais até tratamentos com produtos naturais. Os preços variam de acordo com a duração e a técnica utilizada. Uma massagem de duas horas, por exemplo, custa R$ 217.


Outra opção para quem quer fortalecer as articulações é frequentar o SPA do Mandarin Oriental Hotel. Localizado há 150 anos às margens do Chao Phya Rio, o cinco estrelas oferece preços especiais aos hóspedes. Perto de pontos turísticos e shoppings, o Mandarim é o mais antigo hotel de luxo do Sudeste Asiático. Registros das ilustres visitas são encontrados nas portas das suítes.


Thai food


Restaurantes e bares especializados em comida tailandesa e francesa aumentam o requinte da estadia. Para jantar em uma das dependências do Mandarin, é preciso atravessar o rio em um dos charmosos barquinhos luminosos do hotel.
Ao som de jazz e regado a drinks exóticos, o premiado Bamboo Bar, também no Mandarin, leva a um cenário de cinema. Personificação da elegância, o bar fica na ala dos autores renomados, que produziram obras durante a passagem pelo hotel. Reformado no fim de 2014, o Bamboo foi reinventado fortalecendo o mix de aromas e sabores em suas bebidas. Não deixe de provar o drink assinatura da casa, o Shooting Star, uma fusão de gin, vinho branco e suco de limão, acompanha um delicioso macarron.

Pimenta, curry e frutos do mar. Provavelmente é isso que se pensa quando falamos de thai food. A gastronomia tailandesa vai além do senso comum e surpreende com a explosão de sabores. Em todos os pratos há, pelo menos, três combinações de doce, apimentado, azedo e salgado. Bem apresentadas e perfumadas, as refeições aguçam os sentidos. Nas ruas ou em famosos restaurantes, a comida é harmoniosa e está longe de ser simples. Frutas são esculpidas com perfeição e acompanham peixes, frangos ou carne de porco.


Hospitalidade
O arroz, que acompanha todos os pratos, inclusive sorvetes, é cozido no leite de coco e ganha diversos formatos, mas não é condimentado. O grão, para os tailandeses, significa hospitalidade e generosidade. Influências da Índia, China e Oceania Asiática são sentidas na cozinha nacional. Ingredientes como nam pla (molho de peixe), galanga (raiz que lembra o gengibre) e capim-limão são usados com frequência.


Os pratos podem ser servidos em folhas de bananeira ou até mesmo em cascas de coco. Saudável e sem gordura, a refeição tailandesa é farta em molhos. Os mais tradicionais são o Phad Prew Wan, composto por frutos do mar, especiarias, açúcar mascavo e molho de peixe; Pad Thai, feito com macarrão de arroz frito com camarões, amendoim, omelete, tamarindo, molho de peixe, coentro, açúcar e vegetais; e o Gai Phad Med Mamuang, elaborado com frango frito, castanha- de-caju ao molho de ostras.


A repórter viajou a convite da Tourism Authority of Thailand (TAT) e Turkish Airlines

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