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Descubra paraísos mineiros para experimentar em uma próxima viagem

Além de todo o encanto da paisagem do campo, Brumadinho revela atrações como ruínas, belas igrejas, cachoeiras e serras. Um passeio imperdível é conhecer o Museu Inhotim, próximo à cidade

Augusto Pio - Especial para o Correio
postado em 31/12/2017 10:00

Além de todo o encanto da paisagem do campo, Brumadinho revela atrações como ruínas, belas igrejas, cachoeiras e serras. Um passeio imperdível é conhecer o Museu Inhotim, próximo à cidade


Para quem gosta de conviver com a natureza bem de perto e ainda se divertir em vários tipos de atrações, nada melhor do que dar um pulo até a cidade de Brumadinho, município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a cerca de 40 quilômetros da capital mineira. A população local beira os 40 mil habitantes, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O nome se deve ao fato de o local estar perto da antiga Vila de Brumado Velho, cujo nome foi dado pelos bandeirantes, em virtude das brumas que cobriam toda a região montanhosa na qual se situa o município.

Quem vai para Brumadinho pela BR-040, sentido Rio de Janeiro, via Parque Estadual do Rola Moça, de imediato vê o conjunto montanhoso que se torna a porta de entrada do município. Para se ter uma ideia, do alto da serra, o visitante tem uma linda visão de 360 graus, que o coloca em contato com a natureza perfeita, acolhedora.

Alongando um pouco mais o caminho pela 040, e entrando sentido Piedade do Paraopeba, do alto dá até para ver a famosa Lagoa dos Ingleses. Já na Serra da Moeda, é possível fazer um agradável passeio de mountain bike, percorrer trilhas ecológicas interessantes e até mesmo saltar de parapente, uma vez que há um clube de voo livre no local.

Entre tantos atrativos naturais, uma boa opção é uma caminhada que leva até o Forte de Brumadinho, com ruínas de uma antiga casa de fundição, que data de 1750. A trilha tem início na entrada da portaria do condomínio Retiro das Pedras. São cinco quilômetros até chegar às muralhas, que têm cerca de cinco metros de altura. O local dispõe de diversos mirantes. Uma boa descida leva o visitante até a Cachoeira Encantada, onde tomar um banho é imprescindível.
A igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade do Paraopeba vale a vista
Brumadinho conta com muitas atrações, como a Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade do Paraopeba, construída em 1729. Em seu entorno, casas antigas dividem espaço com barracas de comidas e artesanatos locais. Há ainda a capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, originada da confraria dos escravos. Em Piedade do Paraopeba, que é um dos distritos do município, encontra-se um dos maiores grupos de congado da região. Há, ainda, locais interessantes, como a Fazenda dos Martins, a Casa da Cultura Carmita Passos,a estação ferroviária e o Quilombo do Sapé, entre outros.

A natureza, atração principal, é um museu

Passeando pelo município, dá para ver a Serra da Moeda, a da Conquistinha, a do Rola Moça, o Pico Três Irmãos, o Rio Paraopeba e as cachoeiras Toca de Cima, Toca de Baixo, da Jangada e de Águas Claras. Mas Brumadinho abriga também locais bastante instigantes, como o Museu Inhotim, inaugurado em 2002. O local apresenta exposições de vários artistas plásticos, um relevante acervo de arte contemporânea e uma coleção botânica que reúne espécies raras de vários continentes. Inhotim é considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina.
O Centro de Arte Contemporânea Inhotim completou 10 anos e reúne diversos trabalhos artísticos. É um museu ao ar livre

Na encosta da Serra da Moeda, encontram-se vários alambiques artesanais, que permitem ao visitante conhecer as etapas de produção e envelhecimento de uma boa cachaça. Além das cachaçarias, Brumadinho conta com uma bela cervejaria artesanal, a Piacenza, localizada no distrito de Aranha, onde tem o tradicional Festival de Jabuticabas. O estabelecimento também recebe músicos locais e serve comida italiana. Na vizinha Casa Branca, há a produção das cervejas Flor do Campo e Casa Branca.

Capítulo à parte, o vilarejo de Casa Branca não pode deixar de ser visitado. O local fica em meio às montanhas da Serra do Rola Moça e tem como um dos pontos altos a gastronomia, com bons restaurantes (de comida caseira à contemporânea e típica), pizzarias e hamburguerias tradicionais, além de outras atrações, como espaços para aventuras, trilhas ecológicas e até um centro budista. É lá também que se encontra o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, o terceiro maior parque urbano do país. Com fauna diferenciada, relevo pouco comum e rico em mananciais, é aberto à visitação gratuita. O caminho até Casa Branca é um passeio delicioso, pois a beleza do local pode ser admirada em quatro mirantes.
Na encosta da Serra da Moeda, há vários alambiques que podem ser visitados: produção de cachaça
O vilarejo fica a cerca de 30 quilômetros da capital mineira. Na realidade, o local é um bairro pertencente a Brumadinho. Mas fica um pouco afastado da sede, dando a impressão de ser outra cidadezinha. A população local é pequena, mas se multiplica nos fins de semana e durante os eventos realizados lá, como o Brumadinho Gourmet e a Feira Rola Moça (em que são vendidos produtos artesanais a cada terceiro sábado do mês), entre tantos outros. O parque faz limites com os municípios de Brumadinho, Ibirité e Nova Lima, tem 3.941,09 hectares e foi criado em 27 de setembro de 1994 para proteger a biodiversidade e seis importantes mananciais de água existentes no local.

Segundo historiadores, o local onde hoje é o bairro fazia parte das propriedades da Companhia Fiação e Tecidos Minas Gerais, constituída por várias fazendas, nas proximidades do limite entre Belo Horizonte e Sabará. Parte da área foi loteada na década de 1970 e transformada na Vila Casa Branca, posteriormente, Bairro Casa Branca. Para ir até lá, o melhor caminho é pela rodovia 040, sentido Rio de Janeiro, com entrada na marginal um pouco antes do Posto Chefão. A partir daí, a estradinha que leva ao parque é pequena e entre montanhas, o que proporciona um visual maravilhoso.
As igrejas fazem parte do cenário bucólico.No povoado de Casa Branca, a de São Sebastião
Para se ter uma ideia, Casa Branca tem uma parte na qual predominam residências simples, de classe de baixa renda, e outra composta por uma população de classe média e alta. O bairro ainda tem diversas áreas livres para a expansão da rede urbana e vem crescendo bastante nos últimos anos, uma vez que muitos mineiros fizeram e continuam fazendo casas lá para passar fins de semana ou mesmo residir. Na realidade, o que não falta em Casa Branca é coisa para fazer, pois o local conta com muitos bares alternativos e interessantes, além de diversas trilhas ecológicas e eventos que são realizados ao longo do ano, como feiras, festivais, ecoturismo e cachoeiras. Arvorismo, tirolesa e rapel podem ser praticados no Verde Folhas, pousada e restaurante com um toque de aventura. (AGP)

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