Turismo

Um novo jeito de voar, conheça o "uber" de avião

Aplicativo brasileiro permite o compartilhamento de jatinhos por um preço acessível

Lucianna Rodrigues*
postado em 26/03/2018 10:00
Aplicativo brasileiro permite o compartilhamento de jatinhos por um preço acessível

No início, voar era para os pássaros. Até que o homem construiu os aviões e os muito ricos descobriram os encantos de ter uma aeronave para chamar de sua. Viajar em jatinhos ou helicópteros é um serviço muito caro. E algumas empresas chegam a cobrar R$ 50 mil no trecho Brasília/São Paulo, por exemplo. Mas desfrutar da comodidade, do luxo e do conforto a que milionários estão acostumados pode estar na ponta do dedo. Um aplicativo criou um sistema de compartilhamento de voos não comerciais (www.flyflapper.com).

Com ele, é possível dividir um trecho com outras pessoas que seguem para o mesmo destino em voos particulares e tarifas comerciais. Para quem tem o hábito de comprar os bilhetes aéreos on-line, é uma ;mão na asa;. Até o momento, a Flapper possui rotas entre capitais, São Paulo e Rio de Janeiro, e as cidades de Búzios e Angra dos Reis. A empresa pretende lançar voos para Belo Horizonte e Brasília no segundo semestre. O preço médio por assento das viagens varia entre R$ 750, nos trechos entre as capitais e R$ 300/R$ 600 nas cidades do litoral.

Segundo o CEO da empresa que criou o app, Paulo Malicki, o plano é atrair mais viajantes para o mercado de aviões particulares, que cresce no Brasil. Isso, acredita o empresário, ;ajuda o mercado a aumentar seu tamanho, mesmo durante a crise.; A expectativa é de que o mercado de aviação executiva (jatos e helicópteros), que atualmente conta com 300 mil usuários no país, cresça ainda mais. ;Cruzando dados do Serasa (pessoas com receita de R$ 10 mil por mês ou mais) com dados de Facebook (viajantes frequentes), chegamos ao número de 2,8 milhões de potenciais clientes;, explica ele, que foi sócio da Easy Táxi no Brasil.
[SAIBAMAIS]
O gerente sênior de marketing Lucas Amadeo passou a utilizar o serviço por viajar com muita frequência. ;Não preciso perder tempo nas filas nem enfrentar burocracias da aviação tradicional. Deu muito mais dinamismo às minhas viagens;, afirma. Amadeo, que já fez quatro voos pela Flapper, garante que o custo-benefício é ;muito bom;, além de ser uma oportunidade para fazer contatos profissionais. ; Todas as experiências foram excepcionais. Estou planejando o dia em que vamos pegar um jatinho depois do trabalho e fazer um happy hour no Rio de Janeiro, de frente pro mar.;

Aeronaves

A empresa utiliza modelos King Air 250, Legacy 600, Phenon 100 e Pilatus PC-12, entre outros. Aos fins de semana, para Angra dos Reis e Ubatuba, são feitos com aviões Cessna Grand Caravan EX. Os aviões são homologados pela ANAC, com licença TPX, e operados por parceiros da Flapper, principalmente ICON Aviation ; a nova fusão de CB Air e Global Aviation. Os voos são postados com horário sugerido de partidas e os dois primeiros passageiros podem fixar o horário exato de saída.

Como voar


Ao baixar o aplicativo, o passageiro se cadastra, escolhe o destino de preferência e o sistema disponibilizará os jatos para o número determinado de passageiros, assim como os aeroportos disponíveis. O usuário pode escolher a aeronave, o número de assentos que deseja, o horário de voo disponível e a forma de pagamento, finalizando a compra no próprio aplicativo.

*Estagiária sob supervisão de Taís Braga

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