Sim, eles esperam um futuro melhor. Com mais segurança, esperança e felicidade.
Sem preconceito, fome, violência, bullying. Também desejam um mundo mais tolerante. Querem ainda
coisas prosaicas, que derivam do mundo dos videogames e da fantasia. Ficção e realidade se
misturam na cabecinha das crianças quando perguntamos a elas que notícias esperam ler no futuro.
Foi esse o desafio que o Correio propôs a elas. Por meio das redes sociais, elas enviaram vídeos
com a hashtag #noticiasparaofuturo. Algumas foram convidadas a desenhar uma capa para este Dia
das Crianças.
Salvar o planeta, acabar com os vilões, ter certeza da existência de pokemons. Cidades
coloridas, carros voadores, máquinas de teletransporte, relógios que os deixam invisíveis, a
cura de todas as doenças. Ter árvores muito altas, que chegam até o céu. Preservar a natureza e
acabar com a poluição. Evitar o desperdício de água. Convidados a visitar a redação, 11 meninos
e meninas, de 4 a 12 anos, mostraram que ter consciência da realidade não os impede de preservar
um tanto de inocência. Cada um a seu modo e de acordo com a sua idade, eles provou que está bem
informado e que sabe o que esperar do futuro.
As exigências delas, lá no fundo, vão de encontro ao texto da Declaração Universal das Crianças.
Além dos sonhos infantis, que decorrem da imaginação e daquilo que acessam por meio da
tecnologia e da indústria do entretenimento, as crianças pedem direitos universais, que talvez
ajudem a mudar a realidade da infância no Brasil. De acordo com dados da Fundação das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), a cada dia, em média, 129 casos de violência psicológica,
física e de negligência são reportados ao Disque Denúncia 100. Ou seja, cinco casos por hora.
Neste Dia das Crianças, espera-se que essa realidade mude. Para isso, o primeiro passo é
ouvi-las. Aqui, o leitor terá acesso aos vídeos que eles mandaram e poderá conferir um pouco dos
bastidores da visita que fizeram ao jornal.