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Caso Isabella: casal não é obrigado a atuar em reconstituição

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postado em 24/04/2008 09:38
A reconstituição da morte da menina Isabella, de 5 anos, que morreu após ser atirada de um prédio na zona norte de São Paulo, acontecerá às 9 horas de domingo. O casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, terão de comparecer, mas não são obrigados a participar da encenação da morte da criança. Os dois foram indiciados na semana passada por homicídio doloso triplamente qualificado - são acusados de espancar, asfixiar e arremessar Isabella do 6º andar Edifício Residencial London. A reconstituição deve levar dez horas. Na última quarta (23-04), peritos do Instituro de Criminalística (IC) e delegados do 9° Distrito Policial (Carandiru) começaram a planejar o que chamam de ;reprodução simulada dos fatos;. O principal objetivo é reproduzir passo-a-passo a versão apresentada pelo casal, desde a chegada ao prédio até o momento em que Isabella foi socorrida pelo serviço de resgate do Corpo de Bombeiros. Serão confrontados os resultados dos exames periciais com as declarações de testemunhas e indiciados. A polícia quer saber se haveria tempo hábil para uma terceira pessoa ter cometido o crime sem ser visto por Alexandre ou Anna Carolina. A perícia revelou que entre o desligamento do aparelho GPS do Ford Ka do casal e a primeira ligação para os bombeiros se passaram 13 minutos e 46 segundos. Todos serão ouvidos separadamente. Embora as atenções estejam voltadas para o casal, pouco mais de dez testemunhas serão intimadas a participar da reconstituição. Alguns nomes são dados como certos - o pai de Alexandre, o advogado Antonio Nardoni, e a irmã dele, Cristiane. Moradores do Edifício London e de imóveis vizinhos também contarão o que viram o ouviram naquela noite. O porteiro do prédio, primeiro a ver o corpo de Isabella estendido no gramado, e os homens do resgate darão detalhes sobre a posição em que a menina foi encontrada e o socorro à vítima.

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