postado em 26/04/2008 21:22
A rua Santa Leocádia, onde fica o edifício London, em São Paulo, já está fechada. No local será a feita a reconstituição da morte da menina Isabella, cinco anos. Todos os moradores já foram cadastrados. Tudo está preparado para o procedimento que, segundo estimativa da polícia, deverá durar 10 horas. A reconstituição está prevista para começar às 9h. O pai da menina, Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá devem comparecer, mas não serão obrigados a participar.
O objetivo é reproduzir a seqüência de movimentos, segundo a versão que foi apresentada pelo casal para o dia do crime, desde o momento da chegada à garagem do prédio até o atendimento médico feito pelo resgate. Isabella Nardoni foi asfixiada e jogada do 6º andar no dia 29 de março. Tudo será cronometrado. Os investigadores e peritos irão comparar o resultado da perícia com os depoimentos prestados por testemunhas e pelo próprio casal, considerado suspeito.
A polícia pretende descobrir se haveria tempo para que uma terceira pessoa cometesse o crime e fugisse. Investigadores já descobriram que se passaram 13 minutos e 46 segundos desde o momento em que o aparelho GPS do carro do casal foi desligado na garagem e a primeira ligação telefônica feita para o corpo de bombeiros.
A maior parte da reconstituição será feita dentro do prédio e no apartamento. No exterior do edifício a ação ocorrerá no jardim, onde o corpo da menina caiu, após ser jogado pela janela. Também haverá uma movimentação em um prédio vizinho, segundo informou a polícia.
A mãe de Isabella, Ana Carolina, também vai participar da ação, além de dois vizinhos, o porteiro do prédio, funcionários da ambulância e a mulher do subsíndico. Todos serão ouvidos separadamente. O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antônio Nardoni, e a filha (tia de Isabella) Cristiane também devem participar.
A ação
Cerca de 100 policiais estrão envolvidos na reconstituição. Foram montado dois bloqueios na rua. Um fica a 60 metros à direita e outro, 60 metros à esquerda do prédio. Policiais ficarão nesses locais para controlar a passagem de pedestres e carros. Moradores, visitantes e jornalistas serão acompanhados por policiais, caso necessitem entrar na área bloqueada.
De acordo com autorização judicial, o espaço aéreo será preservado num raio de 1,5km para evitar que o barulho de helicópteros comprometa a reconstituição, quando forem comparadas as versões de testemunhas, que declararam terem ouvido gritos de socorro na noite do crime.