postado em 28/04/2008 16:31
Foram liberadas na madrugada deste domingo as 49 pessoas detidas pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira na Operação Auxílio-Sufrágio, de combate a fraudes contra a Previdência no Espírito Santo. De acordo com decisão da Justiça Federal (TRF-2º Região), todos os os acusados deixaram a carceragem da PF, em Vila Velha, por volta de 1h30m.
O esquema - que causou prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos nos últimos seis meses e funcionava desde 2003 - teria a participação de um vereador e do vice-prefeito de uma cidade do interior. Segundo a polícia, a quadrilha é comandada pelo deputado estadual Wolmar Campostrini (PDT-ES), médico perito licenciado da Previdência Social que, por meio de assessores, parentes, empregados, despachantes e servidores públicos, orientaria a concessão dos benefícios fraudulentos.
Entre os envolvidos estava a filha de Campostrini, a fisioterapeuta Fernanda Cunha Campostrini; o ex-vice-prefeito de Alfredo Chaves Roberto Furtunato Fiorim, servidor administrativo da Previdência Social; o ex-vereador de Vila Velha César Quintaes, médico-perito do INSS; o médico e ex-prefeito de Viana José Luiz Pimentel Balestrero; o assessor parlamentar Jocimar Rodrigues; e o vereador de Cariacica Marcos Senna, que era coordenador-geral do gabinete de Campostrini. Um sargento reformado, que é dono de uma clínica médica em Vila Velha e foi detido na sexta também ganhou liberdade.
Na última quinta, a Justiça Federal determinou a prisão temporária de 50 pessoas envolvidas nas fraudes. Até a última sexta, 49 tinham sido presas.
O objetivo da quadrilha, segundo comunicado da PF, era receber benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A quadrilha se valia de falsos laudos conseguidos através de médicos particulares e posteriormente homologados por médicos peritos do INSS.