Brasil

Presos suspeitos de cortar dedos para obter dinheiro de seguro

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postado em 01/05/2008 09:41
A Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Catarina investigam um suposto esquema de fraudes envolvendo pessoas que cortaram os próprios dedos para receberem indenizações de seguradoras no Estado. Oito pessoas, entre elas um vereador e um policial militar, já foram presas desde sexta-feira, após ser deflagrada a "Operação Cinco Dedos" --a última prisão foi na segunda-feira. Nesta quarta-feira (30), a polícia colheu depoimentos em Chapecó, onde estão detidos seis dos suspeitos. Outro suspeito foi detido em São José, e o PM Nadir Weitetzermann está preso em Pinhalzinho. Os suspeitos, apontam as apurações, contratavam seguro de vida para acidentes pessoais ou contra incêndio. Após cortarem os dedos das mãos ou dos pés, obtinham o dinheiro alegando invalidez pessoal. Os envolvidos recebiam entre R$ 100 e R$ 120 mil, segundo investigações. Os suspeitos tinham, em geral, contratos com mais de uma operadora. O valor era depositado um mês após o acidente, caso a seguradora não contestasse o pedido. O Ministério Público diz ter indícios de que outras sete pessoas tenham participado. Duas estão foragidas. Segundo o promotor Eduardo Sens dos Santos, de Modelo, cidade onde funcionou o suposto esquema, os mentores eram o agricultor Moisés Balbinot e o vereador de Sul Brasil Antoninho de Souza (PP). Eles são suspeitos de aliciar os demais integrantes e de cobrar de 20% a 30% do seguro.

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