Brasil

Acidente da TAM foi o pior de 2007, diz levantamento

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postado em 08/05/2008 16:16
O acidente do vôo 3054 da TAM, em Congonhas, no dia 17 de julho, foi o maior desastre aéreo de 2007 no mundo em termos de mortos - 199 pessoas perderam a vida na tragédia. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), cem acidentes foram registrados no ano passado em todo o mundo, com 692 vítimas. O segundo maior foi com um avião da Kenya Airways (114 mortos), no dia 5 de maio, e o terceiro, com um vôo da Adam Air Indonésia (102 vítimas), em 1º de janeiro. Segundo a entidade, os acidentes aéreos no Brasil ajudaram a puxar para cima a média de desastres no setor aéreo em 2007 no mundo. Quase metade desses acidentes ocorreram no pouso das aeronaves e poderiam ter sido evitados. O número absoluto de vítimas foi 19% inferior ao de 2006, quando morreram 855 pessoas em todo o mundo. Mas em termos de acidentes por vôo, a média aumentou. Em 2007 foram cem acidentes, contra 77 em 2006. Para cada um milhão de vôos, perda total foi registrada em 0,75 deles no ano passado. Em 2006, essa taxa era de 0,65. No caso da América Latina, a região conta com a terceira pior taxa de acidentes no mundo, com 1,61 para cada um milhão de vôos. O índice é mais de cinco vezes superior ao da Europa e dez vezes maior que a da América do Norte. "Estamos trabalhando com o governo brasileiro para incrementar a segurança no País", afirmou a Iata em um comunicado de imprensa. A pior situação ainda é a da África, com quatro acidentes por cada um milhão de vôos. Isso significa que ainda é seis vezes mais perigoso voar pela África do que no restante do mundo. Em segundo lugar vem a Ásia, com 2,76 acidentes, a maioria dos casos na Indonésia. A Rússia, por exemplo, conseguiu terminar o ano sem nenhum acidente. Apesar dos acidentes, a Iata continua insistindo que o aéreo é a forma mais segura de transporte do mundo. Em 2007, 2,2 bilhões de pessoas entraram em aviões. "Nos últimos dez anos, a taxa de acidentes foi reduzida pela metade", afirmou Giovanni Bisignani, diretor da Iata. "Mas nossa meta é a de não ter nenhum acidente e nenhuma fatalidade", disse. Segundo ele, a empresa aérea que não passar por uma auditoria em termos de segurança não poderá fazer parte da entidade.

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