Brasil

Promotor pede novo julgamento de fazendeiro absolvido pela morte de missionária

;

postado em 08/05/2008 19:16
O promotor Edson Cardoso de Souza ingressou nesta quinta-fweira (8) com apelação na 2ª Vara Penal do Tribunal de Justiça do Pará pedindo a realização de novo julgamento do fazendeiroVitalmiro Bastos de Moura, o Bida, apontado como mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang. O promotor fundamentou a apelação no fato de que a decisão dos jurados que absolveu Bida, no segundo julgamento, que terminou na terça-feira (6), em Belém (PA), foi contrária s provas dos autos. Edson Cardoso também pediu vistas dos autos com objetivo de apresentar as razões da apelação, que será encaminhada 2ª Vara no prazo legal de cinco dias. Depois de entregue as razões da apelação de novo julgamento, uma Câmara Criminal de desembargadores do Tribunal de Justiça analisará o recurso e decidirá se haverá ou não novo julgamento. Na avaliação do promotor, essa decisão dos desembargadores só deverá ser anunciada no fim deste ano. Para o advogado de defesa do fazendeiro, Eduardo Imbiriba, assim que a acusação apresentar o recurso, a defesa apresentará argumentação contrária realização de novo julgamento. Imbiriba informou que a defesa apelará aos tribunais superiores caso um novo julgamento venha ser marcado. Se o Tribunal de Justiça do Pará der provimento ao recurso da acusação, com certeza nós vamos apelar ao STJ [Superior Tribunal de Justiça] ou, se houver necessidade, ao STF [Supremo Tribunal Federal]. O advogado de defesa disse ainda Agência Brasil que Bida está recebendo com naturalidade as manifestações contrárias sua absolvição. Elas já eram esperadas por ser um caso de repercussão internacional. Bida, revelou o advogado, permanece em Belém para acompanhar os recursos da acusação e possivelmente na próxima semana viajará para Altamira, onde possui residência. A missionária Dorothy Stang foi morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros de Belém, em fevereiro de 2005. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava o programa em uma área autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação