Brasil

Mulheres casadas e com idade entre 25 e 29 anos lideram ranking de favoráveis à adoção

Quase 60% dos possíveis candidatos a adotar são do sexo feminino. Já a faixa etária que apresenta maior aceitação para a adoção é dos 25 aos 29 anos

postado em 14/05/2008 17:37
Mulheres com idade entre 25 e 29 anos, casadas e com renda mensal de R$ 750 a R$ 2 mil lideram o ranking de brasileiros que se dizem favoráveis adoção e que poderiam, eventualmente, adotar uma criança ou um adolescente. O perfil faz parte da pesquisa Percepção da População Brasileira sobre a Adoção, divulgada hoje (14) pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Pouco mais de 15% de um total de 1.562 entrevistados afirmaram que, caso pudessem contribuir para mudar a realidade de crianças e adolescentes em abrigos, adotariam um deles. Quase 60% dos possíveis candidatos a adotar são do sexo feminino. Já a faixa etária que apresenta maior aceitação para a adoção é dos 25 aos 29 anos (30%), seguida pelos 50 anos ou mais (25,5%) e pelos 30 aos 39 anos (23,8%). Em relação ao rendimento financeiro, pessoas com salário entre R$ 750 e R$ 2 mil lideram com 25,9%. Em seguida aparecem pessoas com rendimento entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Cerca de 20% dos entrevistados se recusou a informar a renda mensal familiar. A maioria dos que adotariam é casada (58,8%), seguida por solteiros (28,2%) e pessoas separadas ou divorciadas (5,5%). Outro dado apontado pela pesquisa é que 78,1% dos que adotariam já possuem outros filhos. O jornalista Christian Heinlik, entretanto, desafia o perfil traçado pela pesquisa. Solteiro e aos 35 anos, ele está prestes a concluir o processo de adoção de Pedro Vinícius, 8 anos. O pai adotivo já tem a guarda provisória da criança a cerca de um ano e se refere ao filho como um presente de Deus. Ele acredita que a adoção de Pedro deve sair ainda este ano e garante que o processo não é tão demorado ou tão burocrático como muitos imaginam. Não passei por muita demora. Escuto muito o pessoal reclamar de fila de espera mas acho que existem alguns mitos. A burocracia existe sim, mas no tamanho certo. Não é muito absurda Tem que avaliar quem são os pretendentes e as motivações. Não dá para entregar uma criança nas mãos de qualquer pessoa.

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