Brasil

Lados opostos de um julgamento cada vez mais próximo

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postado em 17/05/2008 14:15
Depois que o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu, na noite de sexta (16/05), o pedido de liminar da defesa do casal Alexandre Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, de 24 - acusados do assassinato de Isabella, de 5 anos, morta em 29 de março -, cresceu a possibilidade de ambos ficarem presos até o julgamento do caso. Caso o juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri da capital, não faça a pronúncia do casal nos próximos dias, também fica praticamente certo que terão julgamento ainda neste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende sancionar na íntegra o projeto que estabelece limite de seis meses para os júris de homicídios. Alexandre e Anna Carolina terão de responder pelo homicídio da menina. Depois de esganada, a garota foi atirada do 6º andar do Edifício Residencial London, na zona norte de São Paulo. Condenação Por dia, pelo menos 20 pessoas, de diversos Estados, ligam para o Fórum de Santana, na tentativa de participar do julgamento dos Nardonis. Todos gostariam de "condenar o casal". Mas a definição jurídica sobre quem matou Isabella - a menina cujo sorriso assombra o Brasil, nas palavras do jornal francês Le Monde - caberá a sete jurados. Eles serão diretamente influenciados pela atuação de dois advogados que chamam a atenção pelo rigor com que defendem suas convicções: Francisco Cembranelli e Marco Polo Levorin, respectivamente o promotor e o principal defensor. Casados, os dois vêm sacrificando a rotina nesse caso. Cembranelli mal teve tempo de ficar com a família enquanto preparava seu endosso ao pedido de prisão preventiva de Alexandre e Anna Carolina. Já Levorin fez uma promessa à mulher: abandonará a defesa se tiver certeza de que seus clientes são culpados.

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