Brasil

Organização de evento indígena nega compra de arma usada em agressão

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postado em 23/05/2008 19:20
A comissão organizadora do Encontro Xingu Vivo para Sempre divulgou nota nesta sexta (23/05) afirmando que seus integrantes não compraram armas como podem sugerir imagens veiculadas por emissoras de televisão. Na última terça-feira (20/05), durante o encontro realizado em Altamira (PA), um engenheiro da Eletrobrás foi esfaqueado por índios. De acordo com a nota, assinada por 50 entidades, um membro da organização comprou apenas três facões juntamente com outras ferramentas que foram utilizadas na montagem dos acampamentos. A comissão lamenta o episódio e a agressão ao representante da Eletrobrás que fazia uma apresentação acerca dos estudos que estão sendo feitos para aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte. Ainda segundo a nota, os índios Kayapó sempre carregam facões, bordunas, arcos e flechas quando saem de suas aldeias para participar de eventos. Os facões, mais conhecidos em toda a Amazônia com terçados, foram incorporados pelos Kayapó, especialmente pelas mulheres, como parte do equipamento do dia-a-dia, no manejo das roças e outras atividades. A comissão organizadora do encontro classificou o episódio envolvendo o representante da Eletrobrás como "um fato lamentável, porém isolado e acidental" e criticou a falta de divulgação das atividades e das discussões do encontro. "O ato de transformar e divulgar o infeliz incidente ocorrido com o funcionário da Eletrobrás como único destaque do Encontro, exclui o conjunto de reivindicações que as populações indígenas, extrativistas e ribeirinhas, movimentos sociais estão fazendo em relação ao futuro da Bacia do Xingu", diz o comunicado.

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