Brasil

Pai de Isabella acusa delegados de 'coação'

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postado em 28/05/2008 20:43
O consultor jurídico Alexandre Nardoni, pai da menina Isabella Nardoni, acusou hoje, em interrogatório no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, os delegados Calixto Calil Filho e Renata Helena Pontes, do 9º Distrito Policial (DP), de o terem "coagido" a confessar o assassinato da filha. O interrogatório terminou às 19h54, após duas horas. Segundo Alexandre Nardoni, Renata o chamou de "assassino" e Calil Filho o xingou de "psicopata frio" durante a primeira conversa que tiveram no 9º DP Segundo o pai de Isabella, o delegado chutou uma lixeira, bateu na mesa e falou aos gritos. O pai de Alexandre Nardoni, Antônio Nardoni, que também estava na delegacia, teria ouvido os barulhos e chamado um advogado. Depois que o juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, leu a denúncia contra o pai de Isabella, ele disse que era inocente. Ao narrar os acontecimentos da noite do crime, Alexandre Nardoni confirmou a versão dada hoje, em depoimento, pela mulher dele, Anna Carolina Jatobá Alexandre Nardoni afirmou que, na noite de 29 de março, quando estava ao lado da menina, caída na grama do Edifício London, na zona norte da capital paulista, policiais subiram sozinhos ao apartamento e voltaram dizendo que a porta do imóvel havia sido arrombada. O pai da menina demonstrou indignação a Fossen pelo fato de a polícia não ter investigado outras pessoas que ele considera suspeitas do crime. "O porteiro, o zelador e o pedreiro", mencionou. Alexandre Nardoni argumentou que, durante os quatro meses em que o apartamento foi reformado, a chave do imóvel ficou na portaria e com o pedreiro O pai de Isabella confirmou que teve uma discussão áspera com o pedreiro que fazia a reforma, mas não o agrediu. Sobre as brigas com Anna Carolina, disse que eram "discussões normais". Alexandre Nardoni admitiu que ela falava alto e usava palavrões, mas negou que a mulher tivesse ciúmes da mãe de Isabella, Anna Carolina Oliveira. Também admitiu ter ouvido uma discussão entre Anna Carolina Jatobá e a mãe de Isabella na noite do crime.

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