postado em 29/05/2008 18:07
A proteção das fronteiras brasileiras na Amazônia depende da presença do Exército e do povoamento da região, possível por meio da demarcação em ilhas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.É o que defendeu o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, nesta quinta-feira (29) durante seminário em defesa da Amazônia e das fronteiras brasileiras, no Clube de Militares da Aeronáutica, no Rio.
Segundo Anchieta Júnior, a presença militar aliada demarcação fracionada de Raposa permite a ocupação da terra indígena por não-índios o que ajudará na proteção do território. O índio não atrapalha a soberania. O que a atrapalha é a demarcação em áreas contínuas. A presença dos índios deve se somar de não-índios.
Apesar de Roraima ter uma fronteira de 2 mil quilômetros com a Venezuela e a Guiana, Anchieta Júnior disse que a soberania na região está ameaçada por interesses de países que ficam em outros continentes, principalmente, as grandes potências, que estariam por trás da demarcação contínua de Raposa.
São interesses representados por ONGs [organizações não-governamentais] internacionais no Brasil, disse ao citar como exemplo de ameaça soberania as declarações de dirigentes políticos da União Européia e dos Estados Unidos.
Ele [Al Goreex-vice presidente dos Estados Unidos] disse que a Amazônia não pertence aos brasileiros e sim ao mundo. François Mitterrand [ex-presidente da França] pensava da mesma forma, assim como John Major [ex-primeiro-ministro da Inglaterra], no Reino Unido.
Durante o seminário, Anchieta Júnior defendeu ainda a produção de alimentos dentro da reserva. E disse que os rizicultores que permanecem na terra indígena contribuem com 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.