postado em 04/06/2008 17:44
Um balão de aproximadamente um metro de altura caiu na janela de um apartamento, em Copacabana, na madrugada desta terça-feira (03/06), ferindo uma moradora e provocando um princípio de incêndio no imóvel. Ao tentar tirar o balão que ameaçava entrar no apartamento, a massoterapeuta Flávia Regina Nunes Brandão queimou as mãos quando um dos fogos do balão explodiu. Bombeiros foram chamados, mas quando chegaram ao local, o fogo já tinha sido controlado pelos moradores.
O balão caiu, por volta das 5h30m, na janela do quarto de Flavia, no décimo andar do prédio 441 da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ela foi socorrida por PMs e levada para o Hospital Miguel Couto. À tarde, foi submetida a avaliação de um cirurgião plástico de uma clínica particular, na Tijuca. Segundo o médico, ela teve ferimentos leves nas mãos, mas não terá o movimento dos dedos prejudicados.
Segundo bombeiros que estiveram no local, o balão, confeccionado com bambu, barbante e arame, não teria condições de subir. Max Fernando Brandão, marido de Flávia, contou que acordou com um estrondo.
"Estávamos deitados, de frente para a janela quando acordamos com um barulho forte. Quando olhei, havia um clarão e muita fumaça. Levantei e quando percebi que o fogo já tinha atingido as roupas que estavam perto da janela, joguei tudo para fora. Foi quando os outros fogos estouraram. Mas um deles já havia explodido na mão da minha mulher. Era muito fogo, uma labareda. Considero isso uma tentativa de homicídio, uma irresponsabilidade," criticou, acrescentando que aguardava apenas a melhora de Flávia para prestar queixa na delegacia.
Janelas fechadas
Segundo Max, Flávia chegou a ter a audição afetada com o barulho da explosão. "Ela ficou atordoada, sem escutar direito, mas já está bem. Parecia uma cena de guerra. O jeito agora é dormir com as janelas fechadas."
Moradores contaram que também acordaram com o forte estrondo dos fogos. "O barulho foi muito forte. Levei o maior susto. O céu até clareou. Pensei até que fosse um relâmpago. Depois, só ouvi o povo gritando para chamar os bombeiros," lembrou um morador, que se identificou como Netinho, vizinho de andar de Flavia. "Tinha muita fumaça. Levei um susto grande," completou.
Fernanda Nunes, de 16 anos, filha de Flávia, contou que acordou com os gritos de dor da mãe. "Quando acordei, meu pai tentava apagar as chamas com uma toalha. Minha mãe machucou as duas mãos e perdeu muito sangue. Ainda bem que só um dos quatro rojões pendurados no balão explodiu," contou a jovem.