postado em 07/06/2008 10:59
Setenta e duas vítimas de crimes homofóbicos, mortas nos seis primeiros meses deste ano, foram lembradas ontem (06/06) com cruzes cor-de-rosa fixadas no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. O ato, realizado por cerca de 30 participantes da primeira Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis (GLBT), que ocorre até amanhã (08/06) em Brasília, tinha o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de aprovação do projeto de lei que prevê a criminalização da homofobia. A matéria está parada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado há um ano.;Fizemos 70 cruzes, mas tivemos que acrescentar mais duas por conta do assassinato esta semana de uma travesti em São Paulo e outra no Espírito Santo;, observa Jandira Queiroz, coordenadora da manifestação. O número de mortes é contabilizado a partir das notícias que saem na mídia. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil é campeão de mortes motivadas por preconceito de orientação sexual. ;Das vítimas, 75% são gays, 22% travestis e 3% lésbicas;, estima o professor Luiz Mott, do GGB.
Sargento
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio, Wadih Damous, defendeu ontem (06/06) que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, revogue a prisão do sargento Laci Marinho de Araújo, preso por deserção depois de assumir em um programa de TV a sua homossexualidade. Para Damous, a prisão atenta contra os direitos fundamentais de Laci. ;Essa prisão é incompatível com o grau de avanço democrático que a sociedade brasileira conquistou desde o fim do regime militar;, afirmou Damou.