postado em 09/06/2008 17:19
Os quatro acusados de extorquir o padre Júlio Lancelotti foram absolvidos nesta segunda-feira (9/6) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Além da extorsão, eles também respondiam por formação de quadrilha. O tribunal não divulgou detalhes sobre a decisão, pois o processo corre em segredo de justiça. Ainda cabe recurso contra a decisão.
O ex-interno da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), Anderson Batista, sua mulher, Conceição Eletério, e os irmãos Evandro e Everson Guimarães foram acusados pelo Ministério Público de associarem-se em quadrilha com a finalidade de praticar extorsão contra o religioso.
Em outubro de 2007, o padre Lancelotti, pertencente à Pastoral do Menor em São Paulo, disse à polícia que foi ameaçado durante anos por pessoas que afirmavam que fariam uma falsa denúncia de pedofilia caso ele não desse dinheiro ao grupo.
Em depoimento à polícia, Batista negou a extorsão, mas afirmou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 16 anos e afirmou que Lancelotti lhe dava dinheiro espontaneamente. O advogado de Batista alega que seu cliente recebeu mais de R$ 600 mil do padre.