Jornal Correio Braziliense

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Mulher é assassinada durante assalto em Minas Gerais

Suspeito do crime responde a outros três homicídios. Ele atirou porque não gostou de perguntas feitas pela vítima

Marilene Rodrigues, de 28 anos, foi assassinada com um tiro no rosto na madrugada de domingo por um homem foragido da Penitenciária José Maria Alckimin, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O suspeito do assassinato, Rogério de Oliveira, de 29, responde por três outros homicídios, além de dos crimes de lesão corporal, tráfico de drogas e porte ilegal de arma. A vítima trabalhava em um restaurante na cidade de Itaiaiuçu, a 58 quilômetros de Belo Horizonte. O estabelecimento fica às margens da BR-381, no km-535, e também funciona como ponto de prostituição, de acordo com a Polícia Militar. Os encontros são em um bar nos fundos do restaurante. O proprietário, que pediu para não ser identificado, disse que por volta das 2h30 chegaram ao local três homens e uma mulher. Eles estavam na Parati LJM-4159, furtada na noite de sexta-feira em Contagem (MG). Rogério, que dirigia o carro, estava acompanhado de Fábio Gonçalves Somerlate, de 19, Ítalo Eliso Duarte, de 19, e Wélida Cordeiro Abranches, de 27. Assim que chegaram, Rogério pôs uma carreira de cocaína em cima do teto do carro do comerciante e ofereceu a droga. O dono do bar não aceitou e, nesse momento, Rogério sacou um revólver 38, cano longo cromado. Ele anunciou o assalto e atirou contra o vidro traseiro do carro. O grupo, em seguida, reuniu todas os três homens e três mulheres que estavam no bar e mandaram que todos tirassem a roupa. Nus, foram mantidos num dos quartos do estabelecimento. O suspeito fez uma vistoria em outros quartos onde estavam dois casais , entre eles, Marilene. Determinou, então, que se juntassem aos outros. Enquanto roubava o bar, seus companheiros vigiavam as vítimas e cheiravam continuamente cocaína. Quando Rogério voltou e viu Marilene vestida com uma blusa, mandou que ela também ficasse nua. Como a jovem tentou argumentar, ele a atingiu com um soco na sua cabeça. Ela caiu na cama e disse a Rogério que ele só fazia aquilo porque estava armado. Sem pensar e a apenas meio metro de distância, ele atirou contra o rosto de Marilene, que teve morte imediata, segundo relato de uma testemunha.