postado em 11/06/2008 19:09
As manifestações promovidas hoje (11) pela Via Campesina, contra a alta dos preços dos alimentos e as suspeitas de corrupção do governo do Rio Grande do Sul, terminaram em conflitos com soldados do Batalhão de Choque da Brigada Militar, em Porto Alegre.
De acordo com informações do porta-voz da Via Campesina no Rio Grande do Sul, Sedenir de Oliveira, cerca de 300 integrantes de várias entidades ligadas à entidade se preparavam para fazer uma manifestação contra a alta dos preços dos alimentos, em frente a um supermercado no bairro Menino Deus, quando foram surpreendidos por soldados da Brigada Militar, que impediram o protesto. ;Eles partiram em nossa direção disparando bombas de gás e balas de borracha;, disse.
Sedenir disse ainda que, momentaneamente, os manifestantes se dispersaram, mas voltaram a se reunir no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. No entanto, quando caminhavam em direção ao Palácio Piratini, para um novo protesto contra a suspeita de corrupção no governo do estado, os militares apareceram outra vez e um novo conflito se deu entre os militantes e os policiais. Ele informou que cerca de 12 manifestantes foram detidos pela Brigada Militar e outros 15 ficaram feridos.
O Subcomandante Geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues, disse que a manifestação integra um conjunto de atos que a Via Campesina vem realizando desde ontem (10) em todo o país. Ele contou que os policiais tiveram que usar a força, para dispersar os manifestantes, que ocupavam o supermercado, e depois obstruíram uma rua próxima ao centro da cidade.
Segundo coronel Mendes, foram usados agentes químicos e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Cerca de três policiais foram feridos nos confrontos. Ele classificou as manifestações dos manifestantes como uma ;baderna; e disse que a polícia vai continuar contendo ações desse tipo. ;A Brigada Militar está aplicando a lei como ela deve ser aplicada. Vamos preservar a ordem pública, porque essa é a nossa missão;, garantiu.