postado em 12/06/2008 10:28
O Ministério Público denunciou nesta quarta (11/06) 23 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que vendia carteiras de habilitação no Estado de São Paulo e em pelo menos outros sete Estados. Além de receber a denúncia, o juiz de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP) também deferiu o pedido de prisão preventiva de 20 dos 23 denunciados.
Com sede em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, o grupo foi descoberto pela Operação Carta Branca, realizada em conjunto pelo MP, Corregedoria Geral da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Fazenda do Estado e Agência Nacional de Petróleo (ANP). A operação resultou na prisão imediata de 19 pessoas, entre elas delegados de polícia, investigadores da Polícia Civil, donos de auto-escolas, despachantes, médicos e psicólogos.
Os promotores dos Grupos de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), responsáveis pela ação, somente não solicitaram a decretação da prisão preventiva de três das pessoas presas na semana passada: Cátia Campos Iglesias e Alessandra de Souza Santos Barbosa, recepcionistas de uma auto-escola envolvida no esquema, e Sandro Rodrigues Lanutti Villanova, dono de auto-escola. No entanto, os três foram indiciados.
A quadrilha vendia carteiras de habilitação pelo valor médio de R$ 1,5 mil. A Operação Carta Branca descobriu que os candidatos a motoristas eram aprovados sem sequer realizar os exames práticos. Candidatos sem condições físicas de dirigir e até analfabetos conseguiam a carteira.