Brasil

PF desarticula esquema de desvio de verbas no interior de PE

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postado em 17/06/2008 16:50
Uma operação da Polícia Federal resultou na prisão do prefeito de Toritama, José Marcelo Marques de Andrade e Silva, na manhã desta terça-feira (17/06). Batizada de Gestão Plena, a ação foi montada para cumprir seis mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em sete prefeituras do interior de Pernambuco, onde uma auditoria na Secretaria Estadual de Saúde descobriu irregularidades. São elas: Toritama, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, João Alfredo, São José do Egito, Tamandaré e Teresinha. Até agora, a polícia só divulgou detalhes da operação em Toritama, por onde as investigações começaram. O prefeito da cidade é suspeito de integrar uma organização criminosa que teria desviado R$ 2,5 milhões repassados pelo Ministério da Saúde para Secretaria Estadual de Saúde. O crime teria sido cometido entre 2005 e 2007. Também foram presos a secretária municipal de Administração, Elizabeth Gonçalves da Silva, o tesoureiro Giovany Bezerra Calado e o advogado Alberto Salles de Assunção Santos, além de Joaquim José do Nascimento e Leonardo Carvalho da Costa, ex-funcionários terceirizados da Secretaria de Saúde. Setenta policiais federais participam da operação. Já os 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas prefeituras das cidades investigadas, nas residências dos envolvidos e no escritório de advocacia de Alberto Salles de Assunção Santos. A Polícia Federal diz que as prefeituras repassavam detalhes de serviços prestados para a Secretaria de Saúde, por meio de dois sistemas de informação, o Ambulatorial e o Hospitalar Descentralizado. Depois, os valores destes serviços eram repassados para o Sistema de Gerenciamento de Informações Financeiras, onde os créditos superfaturados eram gerados. O montante era transferido para contas bancárias da Prefeitura de Toritama. Os suspeitos, que dividiam o lucro, serão indiciados por formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema de informação e desvio de dinheiro público. O prefeito também será acusado de apropriação de bens ou rendas públicas. As penas ultrapassam 30 anos de reclusão. Os detidos na Operação Gestão Plena estão sendo levados para a sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo, no Recife.

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